Elias Vaz pede para Iris Rezende explicar incidente na Secretaria de Educação

O Vereador Elias Vaz (PSB), entrou nesta quinta-feira (27), com um pedido de convocação do prefeito Iris Rezende (PMDB), o secretário municipal de Educação, Marcelo Costa e o comandante da Guarda Civil Metropolitana, Elton Ribeiro de Magalhães. O objetivo é que os convocados esclareçam os acontecimentos durante a desocupação da sede da Secretaria de Educação. Se aprovada pelos demais vereadores, os convocados terão 15 dias úteis para comparecerem à Câmara, após serem notificados.

Durante a sessão o parlamentar afirmou que as ações foram desproporcionais. “O Prefeito, seu secretário e o chefe da Guarda Civil estão obrigados a vir a esta Casa explicar sobre a forma violenta, truculenta e desproporcional utilizada pelo Executivo contra os professores. As imagens e relatos dos que estavam ali demonstram de forma cabal o total despreparo e desrespeito aos trabalhadores da educação”.

A Secretaria estava sendo ocupada por professores, servidores administrativos e alunos que protestavam por melhores condições de trabalho. Eles estão de greve desde o dia 11 de abril. A GCM entrou no local na noite de quarta-feira (26) alegando reintegração de posse e durante a retirada dos manifestantes algumas pessoas ficaram feridas. Oito servidores e um aluno foram levados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.

Os vereadores Oséias Varão (PSB) e GCM Romário Policarpo (PTC) defenderam as ações do prefeito, do secretário e do chefe da Guarda. “Defendo a postura da Guarda porque os professores estão sendo usados para fins políticos. E vou provar. A maioria da categoria não participou”, disse Varão.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp