Elon Musk impõe limite temporário de leitura no Twitter para combater extração de dados

Twitter tem problemas de instabilidade na manhã desta quarta-feira, 1º

Após diversas reclamações de instabilidade no Twitter na manhã de sábado, 1ª, Elon Musk, dono da rede social, informou que irá limitar temporariamente a leitura de postagens da plataforma por dia. De acordo com o empresário, a medida é para lidar com os níveis extremos de extração de dados e manipulações do sistema.

Através do perfil na rede social, Elon informou que para contas verificadas (assinantes do Twitter Blue), o limite de leitura é de 6 mil posts por dia. Para os não verificados, o limite é de 600. Enquanto para novas contas não verificadas, só terá acesso aos 300 primeiros tweets.

Os usuários do Twitter começaram a sentir o impacto da aplicação do limite temporário de leitura neste sábado. Ao longo da manhã, internautas relataram dificuldades em atualizar a página inicial e realizar buscas na plataforma.

Internautas estão recebendo a seguinte mensagem, “Infelizmente você tem limite de taxa. Aguarde alguns instantes e tente novamente”. O assunto “Meu Twitter” estava nos trending topics da plataforma durante a manhã, com cerca de 274 mil menção e o termo “Twitter Blue” registrava 293 mil menções.

Vale lembrar que essa não é a única limitação que Elon Musk aplicou à rede social do passarinho azul desde que a adquiriu em 2022. Desde então, o bilionário criou os limites de que só é possível fazer até 2,4 mil tuítes, enviar até 500 DMs e seguir até 400 contas por dia, e quatro alterações de e-mail por hora, para evitar sobrecarga do sistema. 

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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