Elon Musk, o bilionário e CEO da Tesla e SpaceX, foi nomeado por Donald Trump para liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental dos EUA. A anunciada nomeação ocorreu na noite de terça-feira, 12 de novembro de 2024, e Musk terá a missão de reduzir significativamente os gastos públicos do governo federal.
Musk, que se tornou um dos principais apoiadores de Trump durante a campanha presidencial, prometeu cortar até US$ 2 trilhões do orçamento federal dos EUA. Este corte representaria cerca de 30% do total de gastos do governo, que foi de US$ 6,75 trilhões no ano fiscal de 2024. No entanto, especialistas alertam que essa meta pode ser difícil de alcançar, especialmente considerando que cerca de dois terços do orçamento são gastos obrigatórios, determinados por leis federais, como os programas sociais do Social Security e os gastos com saúde, incluindo o Medicare.
“Se um funcionário público está gastando seu dinheiro de forma efetiva, ele deve ser recompensado. Se está desperdiçando seu dinheiro, deve ser demitido,” postou Musk em sua rede social. Ele também citou exemplos de supostos desperdícios, como pesquisas científicas sobre o efeito de ioga em cabras, que custaram US$ 1,5 milhão, e a manutenção de edifícios vazios, que custou US$ 1,7 bilhão.
Além de Musk, o empresário Vivek Ramaswamy, que também é bilionário e trabalha no setor de biotecnologia, fará parte do novo departamento. Ramaswamy já defendeu a eliminação de alguns órgãos federais, como o FBI e o Departamento de Educação.
Trump espera que o Departamento de Eficiência Governamental, apelidado de DOGE, ajude a desmantelar a burocracia governamental, reduza regulamentações excessivas e reestruture agências federais. O departamento deve concluir seus trabalhos até 4 de julho de 2026, data em que os EUA comemorarão 250 anos de independência.
No entanto, há preocupações sobre conflitos de interesses, dado que as empresas de Musk, como a Tesla e a SpaceX, têm contratos e regulamentações com o governo federal. Musk, no entanto, afirmou que não pretende receber pagamento pelo trabalho e que o novo departamento ficará fora da estrutura oficial do governo.