A percepção de que os alimentos ficaram mais caros foi constatada em estatísticas do preço médio para a compra desses produtos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aponta também que as bebidas tiveram alta para o bolso dos brasileiros. A inflação sobre o grupo foi de 11,64% no ano passado, contra 7,94% registrado no ano anterior. Em Goiânia, os vilões foram a cebola, batata inglesa e banana. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado, a inflação na capital goiana ficou em 10,31%. O percentual fica bem acima dos 5,79% em nível nacional no ano passado e bem abaixo do computado no ano anterior, que foi de 10,06% em 2021. Saúde e higiene pessoal e também vestuário aparecem na sequência de impacto proporcional aos aumentos. As elevações foram de 11,43% e 18,02%, respectivamente. O
O IPCA não subiu ainda mais porque o setor de transportes caiu 1,29%. A queda foi virtual, segundo economistas, porque ocorreu após adoção de isenção de impostos federais, como PIS e Cofins, e o estadual ICMS. A sequência de altas na gasolina, diesel e etanol foi interrompida coincidentemente durante a campanha das eleições presidenciais.
Para as famílias de baixa renda, a inflação pesa no mais essencial: os alimentos. A alternativa para muitas delas é a redução do consumo. A pandemia acentuou as dificuldades e os programas de transferência de renda federal, estadual e municipal colaboraram para minimizar a fome. A explicação do encarecimento é multifatorial: guerra entre a Rússia e a Ucrânia, efeitos climáticos, custos de produção e aumento do preço do petróleo.