Em Goiás, média de incêndios este ano deve superar a de 2021

A combinação de altas temperaturas, tempo seco e ventos tem ajudado a aumentar o número de incêndios em Goiás. A maior parte foi causada por ação humana, o que preocupa o Corpo de Bombeiros. Áreas de preservação, como do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Em setembro do ano passado, a região foi consumida pelas chamas por dias após três pessoas terem ateado fogo intencionalmente.

Neste ano, a corporação já registrou mais de 6 mil ocorrências. Como no ano anterior foram 9.334, a estimativa é de que o balanço deste ano tenha mais casos de queimadas, de acordo com a tenente Vanessa Furquim. Em julho foram instalados dois postos temporariamente na em Alto Paraíso e em Cavalcante onde equipes revezam o trabalho para garantir resposta rápida em caso de acidentes.

O trabalho com brigadista,  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e  outras Organizações Não Governamentais (ONG ‘s) tem colaborado no monitoramento e combate ao fogo. Somente o efetivo local de bombeiros não conseguiria atender aos chamados porque a área é muito extensa.

“O período mais crítico é de julho a outubro, por causa da ausência de chuvas. Muitas vezes, as pessoas querem queimar o mato às margens da rodovia porque a visibilidade está comprometida, limpar lotes baldios, queimar folhagem e entulho e ainda há aquelas má intencionadas. Apenas 1% dos focos teriam causas naturais, conforme alguns estudos”, destaca Furquim.

Uma forma de tentar coibir a proliferação de queimadas é a prática de aceiros. Por meio deles, uma parte da vegetação é retirada para evitar que o fogo se alastre e seja contido. Eles são uma espécie de escudo para proteger unidades de conservação, lavoura e propriedade rurais. A orientação de Vanessa é evitar o incêndio capinando o terreno localizado nas cidades em vez de atear fogo e, se houver chamas, não tentar apagar as chamas porque é perigoso. O ideal é acionar o Corpo de Bombeiros por meio do telefone 193.

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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