Goiás tem menor média de preço da gasolina do país e etanol é mais barato no Centro-Oeste

Procon Goiás fiscaliza postos de combustíveis após aumento nos preços

As quedas constantes anunciadas sobre os combustíveis fizeram Goiás registrar um feito em agosto deste ano. O estado registrou a menor média de preço de gasolina no Brasil e a região Centro-Oeste teve o litro de etanol vendido mais barato do País em agosto. O levantamento com o  Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que abastecer com o derivado da cana-de-açúcar é vantajoso somente no Mato Grosso.

Já foram quatro reduções de preços seguidas feitas pela Petrobras para as distribuidoras. A mais recente foi há cerca de uma semana. A pesquisa identificou que a gasolina custou  R$ 5,59 no País, em média, enquanto foi comercializada nas bombas em Goiás por R$ 5,35, no mês passado. Já o litro do etanol para os motoristas goianos foi vendido por R$ 4,32 e em outros estados teve média de R$ 4,95. O diesel comum e o S-10 na região foram encontrados a R$ 7,36 e R$ 7,52, com redução de 4,83% e 4,35%, respectivamente.

No aplicativo Economia Online, o EON, da Secretaria Estadual de Economia, a gasolina mais barata foi encontrada por R$ 3,99 em Aparecida de Goiânia e por R$ 4,39 em Goiânia no início da tarde desta quinta-feira, 8. O menor preço do etanol apresentando foi de R$  2,79 tanto em Goiânia quanto em Aparecida de Goiânia.

A competitividade seria a explicação para os bons números registrados em Goiás, de acordo com o  presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto) de Goiás, Márcio Andrade. Ele acredita que a concorrência entre os postos em todo o estado, principalmente em Goiânia, em busca dos clientes ajudou a  despencar os valores cobrados nas bombas. 

“É a guerra em busca do consumidor mais intensa aqui do que em outras regiões brasileiras. Alguns estão abrindo mão de sua margem de lucro para tentar conquistar mais vendas”, pontua.

A boa notícia para os goianos é que a tendência é de gasolina ainda mais em conta. A perspectiva apontada por Márcio se baseia em indícios econômicos do cenário internacional e interno. O sindicalista esclarece que a redução depende da Petrobras, das usinas de etanol (a gasolina recebe adição de 27% etanol anidro) e ainda da cotação de petróleo, que caiu bastante. “A Petrobras não repassa essa queda de imediato porque aguarda as oscilações externas se consolidarem”, frisa.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp