O estado de Goiás encerrou o mês de agosto com o menor número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os dados da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) apontam que, entre as 31ª e 34ª semanas epidemiológicas, foram 485 casos no estado, incluindo aqueles casos que estão em investigação, não especificados, por COVID-19, influenza e outros agentes etiológicos e vírus respiratórios.
Entre os tipos de vírus identificados como causadores da SRAG, a influenza é o que teve o menor número registrado tanto em agosto, quanto em janeiro de 2023. Foram seis casos em todo estado nos dois meses supracitados. Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde, explica ao Diário do Estado (DE) como se comportam os vírus e o porquê dessa redução agora em agosto.
“Geralmente, quando a gente tem dois vírus ou vários vírus circulando, um predomina em relação ao outro. Dificilmente, você tem os dois predominantes. Então, a gente viveu um momento assim, bem lá no começo do ano, com o aumento de casos de influenza. Veio a vacinação que, apesar de não ter chegado a noventa por cento, nós estamos com mais da metade da população vacinada contra influenza”, esclarece.
A diminuição de casos de SRAG
Até agosto, apenas o mês de janeiro deste ano havia registrado o menor número de casos de SRAG, precedendo uma alta nos meses seguintes. O pico de casos aconteceu na 20ª semana epidemiológica, no meio do mês de maio, com 249 casos. Os municípios goianos que tiveram maior incidência de casos por 100 mil habitantes de SRAG foram Caldas Novas, com 324,14, e Corumbá de Goiás, com 247,92. Goiânia apresentou, ao longo do ano, uma incidência de 68,04.
Em número absolutos, Goiás registrou mais de 6.300 casos, sendo a maioria dos casos registrados entre os homens, com 3.298, contra 3.053 casos em mulheres. Flúvia alerta sobre a importância da população ser informada e vacinada para evitar os altos picos e os casos de hospitalização por SRAG.
“Essa é uma situação em que a gente precisa passar recomendações para a população. Principalmente em relação a vacinação, porque se tivermos um grande aumento de número de casos, para que isso não se reverta em número de casos graves hospitalizados e óbitos. Então, esse alerta serve para quem não se vacinou procurar vacina e tomar os cuidados que a gente já sabe quais são: a higienização das mãos, para quem é idoso, imunodeprimido. Se vai para locais com aglomeração de pessoas, usar máscara para evitar assim a transmissibilidade”, orienta a superintendente.