Representantes de movimentos sociais e grupos religiosos ligados à Igreja Católica e evangélica realizam nesta quarta-feira, 7, o “Grito dos Excluídos e Excluídas”, em Aparecida de Goiânia. De acordo com organizadores da manifestação, o tema deste ano, “Brasil: 200 anos de (In)dependência para quem?”, vai em contradição aos outros movimentos que ocorrem no país neste 7 de Setembro.
O grupo vai se reuniu nesta manhã na Praça José Bonifácio, no bairro Independências Mansões. E agora caminham em manifestação pacífica até a Ocupação Beira da Mata onde será realizado um ato político com leitura do manifesto.
O evento é coordenado pelo Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, Democracia e Soberania. Nesta edição, o ato traz sete pontos centrais para reflexão: violência estrutural, dívida pública, dívidas sociais e direitos humanos; educação popular e trabalho de base; soberania alimentar: agricultura familiar no combate à fome e ao agronegócio; terra, teto e trabalho; democracia participativa e democracia representativa; e defesa dos territórios.
Manifestação “Grito dos Excluídos e Excluídas”
O Grito dos Excluídos e Excluídas é uma tradicional manifestação popular carregada de simbolismo que denuncia a exclusão social e é realizado em todo o país em meio às comemorações da Independência do Brasil. A intenção do grupo é chamar a “atenção da sociedade para o fato de que só vai haver independência de verdade quando houver justiça social, igualdade e o fim do racismo”.
A manifestação teve início em 1994 na Pastoral Social da CNBB e o 1º Grito dos Excluídos e Excluídas foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”. Em 1999, o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.
Por que no 7 de setembro?
Desde sua criação há 27 anos atrás, o Grito dos Excluídos e Excluídas realiza-se no dia 7 de setembro, dia da comemoração da Independência do Brasil para refletir sobre a soberania nacional, um dos eixos centrais de suas mobilizações. Nesta perspectiva, a ação propõe superar um patriotismo passivo para alcançar uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. A ideia é tornar o Dia da Pátria em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial.
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