A chuva chegou na capital e com ela os transtornos. Em apenas dez dias, mais de 40 árvores e 39 galhos caíram. Apenas no último final de semana, foram oito, que resultaram na interrupção do fornecimento de energia elétrica em alguns bairros, carros e casas destruídas e duas famílias desabrigadas.
De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), durante as pancadas de chuvas, que atualmente têm ocorrido com formato de tempestade, as rajadas de vento chegam a 50 quilômetros por hora. Além disso, em algumas ocasiões, nas duas últimas semanas, a capital registrou chuvas de granizo, o que potencializou os danos.
Em entrevista ao Diário do Estado, o gestor da Cimehgo, André Amorim, explicou que as chuvas com potenciais para tempestades ocorrem por conta do fenômeno La Niña, que está ativo no estado pelo terceiro ano consecutivo.
O La Niña causa uma maior intensidade nos períodos de seca e chuvosos. Por este motivo, Goiás teve um período de estiagem mais prolongado e, agora, com o início das chuvas, elas ocorrem em formato de tempestade com grande potencial para danos.
Em Goiânia, desde o dia 16 de setembro, o Cimehgo registrou uma variação de precipitação de 40 milímetros a 97 mm. Vale ressaltar que o estado ainda não entrou no período chuvoso, portanto, essas precipitações ocorrem por causa do fenômeno La Niña e frentes frias que atingiram a região Sul do país.
Inclusive, apesar de estarmos na primavera, os temporais ocorrem como os de verão. “Repentinos e com grande potencial para causar estragos e inundações”, explica André Amorim.
Fora da capital, as chuvas também já causaram estragos, em Aparecida de Goiânia, por exemplo, no último sábado, 9, uma árvore caiu em cima de um carro. O veículo ficou bastante destruído. Além disso, o vento forte causou problemas na rede elétrica da cidade e a queda de outras sete árvores.
Já em Anápolis, foi registrado quedas de energia e alagamentos nas vias de grande movimentação do município.