Na cidade de Aragarças, região oeste do estado de Goiás, na divisa com o Mato Grosso, uma família denunciou a cova improvisada de um idoso que morreu aos 98 anos. O enterro de Aldenor Rodrigues de Souza aconteceu fora do cemitério municipal, no mês de janeiro. A prefeitura local afirmou que o corpo ficou no ponto em que será o novo cemitério, mas a construção segue pendente.
Cova improvisada em Aragarças
No início do ano, Aldenor morreu em decorrência de causas naturais, em Aragarças. Apesar da família possuir um jazigo no cemitério municipal, cuja utilização mais recente foi há sete anos, a prefeitura da cidade enterrou o corpo do idoso do lado de fora.
A família denunciou o caso ao Ministério Público (MP), que recomendou a transferência do corpo para o jazigo. Contudo, as autoridades locais informaram que isso não seria possível, por questões ambientais, de espaço e de saúde pública, levando relatos de engenheiros em consideração.
Além disso, a certidão de óbito de Aldenor informa que o enterro aconteceu no cemitério municipal. Porém, não foi o que aconteceu e, para completar, as obras do suposto novo cemitério sofreram embargo e a venda do terreno sequer foi finalizada.
Frequentemente, a família de Aldenor vai até a cova improvisada a fim de visitar. Para chegar até o ponto, é preciso passar por uma cerca. Em entrevista ao g1, Rildo Alves dos Santos, um dos filhos do idoso, relatou constrangimento ao fazer a travessia para limpar a cova. O corpo de Aldenor é o único naquele local.