Em breve, motoristas em Goiás podem começar a pagar pedágio com cartões de crédito ou débito 

Projeto que permite pagamento de pedágios com cartão é aprovado na Assembleia

O pagamento dos pedágios em Goiás poderão começar a ser pagos com cartões de débito ou crédito, além de dinheiro, em breve. Um projeto de lei aprovado em segunda votação na Assembleia Legislativa estadual (Alego) cria essa possibilidade. O texto foi encaminhado para aprovação do governador Ronaldo Caiado. 

 

Para evitar que as concessionárias aumentem as tarifas ao embutir os custos com as “maquininhas”, a proposta condiciona que o Poder Executivo ofereça compensações de outra natureza às empresas. No mercado, as taxas começam a partir de 1,9% mensais.

 

‘‘O transtorno que o pagamento exclusivamente em dinheiro gera aos usuários é tão inegável quanto injustificável. Afinal, as modalidades de pagamento em cartão de crédito e débito não são novidade, já que 76% dos estabelecimentos comerciais brasileiros aceitam cartão de débito como forma de pagamento’’, defende o autor, o deputado Amilton Filho (MDB).

 

As estatísticas fazem parte de pesquisa do Banco Central relativa a 2018. À época, o levantamento já apontou que menos pessoas saem de casa com dinheiro. Ao todo, 48% dos entrevistados disseram tern no máximo R$ 2 em moedas na carteira, sendo que metade deles simplesmente não possui moedas. 

 

Uma matéria parecida apensada à primeira destaca que a adoção de mais uma forma de pagamento garantirá maior segurança aos usuários e aos funcionários dos guichês das praças de pedágio. Para o deputado Julio Pina (PRTB), o uso de cartão diminuirá a circulação de dinheiro em espécie e pode inibir assaltos próximos às praças de pedágio. 

 

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as concessionárias em atuação em Goiás são Via 040, Ecovias do Cerrado, Ecovias do Araguaia, ECO050 e Triunfo Concebra.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp