Em coletiva, Gayer chama Globo de “lixo” e Caveira põe microfone no chão

Delegado Caveira e Gustavo Gayer retiraram o microfone da TV Globo do púlpito durante entrevista na Câmara dos Deputados

Os deputados federais Delegado Caveira (PL-PA) e Gustavo Gayer (PL-GO) causaram polêmica durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 19. Gayer chamou a emissora de “lixo” e Caveira retirou o microfone da TV do púlpito e o colocou no chão. A coletiva foi convocada por parlamentares de oposição ao governo do presidente Lula, na Câmara dos Deputados.

O motivo da coletiva era relembrar os cinco anos do inquérito das fake news, no entanto, a atitude dos parlamentares acabou por ofuscar o propósito inicial.

Gayer, em sua fala, criticou as ações do Supremo Tribunal Federal (STF), referindo-se a elas como um “avanço ditatorial do Brasil” e, em seguida, retirou o microfone da emissora do púlpito, acusando-a de ser uma “imprensa lixo e que passa pano” para as investigações da Corte.

“Nós temos imprensa ou pessoas que se dizem da imprensa, mas elas batem palmas para isso. A imprensa bate palma para o avanço ditatorial do Brasil. Uma imprensa lixo, como essa daqui”, afirmou o deputado goiano, exibindo o microfone da TV Globo.

A cena ganhou ainda mais repercussão quando Delegado Caveira também se envolveu, pegando o microfone da emissora e colocando-o no chão. A atitude foi prontamente repreendida pelo líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), que interveio, dizendo “faça isso não” seguidas vezes. Após a bronca, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) colocou o microfone de volta ao púlpito, encerrando o incidente.

Gustavo Gayer compartilhou o vídeo em suas redes sociais. “Sem filtro – Chamei a GLOBO de LIXO em coletiva de imprensa com a GLOBO ao vivo. Esse povo precisa entender que estão condenado seus própios filhos a viver em uma ditadura”, escreveu na legenda do post no X, antigo Twitter, onde o vídeo tem 302,9 mil visualizações.

Veja vídeo da coletiva: 

 

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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