Em depoimento, profissionais de ensino apresentam nova versão sobre acidente na escola que deixou aluna na UTI

A estudante Maria Eduarda Vieira Gomes, de 16 anos, continua internada em estado grave, sedada e entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), 23 dias depois de bater a cabeça durante uma aula de educação física na escola e não receber socorro imediato. Durante depoimento prestado na tarde desta quinta-feira (28), a coordenadora pedagógica do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia, e a professora de educação física da estudante, que não tiveram os nomes divulgados, afirmaram que não houve negligência por parte da escola e que a estudante estava praticando um exercício fora do ministrado pela disciplina no momento do acidente.

“As duas disseram que prestaram os primeiros socorros a jovem e que acionaram o Samu, e só não informaram os pais da vítima porque os próprios colegas de Maria Eduarda já haviam os informado. A professora disse que os jovens estavam fazendo uma manobra que não havia sido ministrada durante as aulas de educação física. Ela disse ainda que os alunos resolveram praticar uma manobra que iriam usar na semana seguinte. No dia que aconteceu o acidente com a Maria Eduarda, eles resolveram praticar novamente e conseguiram realizá-la por duas vezes. Porém, na terceira tentativa a jovem se desequilibrou, caiu e bateu a cabeça”, disse a delegada responsável pelo caso, Thaynara Andrade Berquor.

A investigadora diz ainda que o movimento praticado pelos alunos é uma espécie de salto mortal, onde a jovem subia nos ombros dos colegas e com o auxílio deles realizava a pirueta.

“Até o presente momento, o Hugo não apresentou o prontuário médico da jovem. Neste sentido, as investigações procedem para o devido esclarecimento dos fatos. Além da professora e da coordenadora, a corporação já ouviu os pais da vítima. Os colegas também devem ser ouvidos”, explicou.

Acidente

A Polícia Civil (PC) começou a ouvir testemunhas nesta segunda-feira (25), após a jovem bater a cabeça enquanto participava da aula de educação física do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia. O pai da jovem foi o primeiro a prestar depoimento, marcando presença na delegacia na última segunda-feira (15). Já na terça-feira (26), foi a vez da mãe dar a sua versão os fatos. O acidente ocorreu no dia 6, mas Maria Eduarda deu entrada na unidade de saúde apenas no dia 7 de abril, um dia depois de sofrer a queda.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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