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Em depoimento, profissionais de ensino apresentam nova versão sobre acidente na escola que deixou aluna na UTI

Última atualização 29/04/2022 | 15:33

A estudante Maria Eduarda Vieira Gomes, de 16 anos, continua internada em estado grave, sedada e entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), 23 dias depois de bater a cabeça durante uma aula de educação física na escola e não receber socorro imediato. Durante depoimento prestado na tarde desta quinta-feira (28), a coordenadora pedagógica do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia, e a professora de educação física da estudante, que não tiveram os nomes divulgados, afirmaram que não houve negligência por parte da escola e que a estudante estava praticando um exercício fora do ministrado pela disciplina no momento do acidente.

“As duas disseram que prestaram os primeiros socorros a jovem e que acionaram o Samu, e só não informaram os pais da vítima porque os próprios colegas de Maria Eduarda já haviam os informado. A professora disse que os jovens estavam fazendo uma manobra que não havia sido ministrada durante as aulas de educação física. Ela disse ainda que os alunos resolveram praticar uma manobra que iriam usar na semana seguinte. No dia que aconteceu o acidente com a Maria Eduarda, eles resolveram praticar novamente e conseguiram realizá-la por duas vezes. Porém, na terceira tentativa a jovem se desequilibrou, caiu e bateu a cabeça”, disse a delegada responsável pelo caso, Thaynara Andrade Berquor.

A investigadora diz ainda que o movimento praticado pelos alunos é uma espécie de salto mortal, onde a jovem subia nos ombros dos colegas e com o auxílio deles realizava a pirueta.

“Até o presente momento, o Hugo não apresentou o prontuário médico da jovem. Neste sentido, as investigações procedem para o devido esclarecimento dos fatos. Além da professora e da coordenadora, a corporação já ouviu os pais da vítima. Os colegas também devem ser ouvidos”, explicou.

Acidente

A Polícia Civil (PC) começou a ouvir testemunhas nesta segunda-feira (25), após a jovem bater a cabeça enquanto participava da aula de educação física do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia. O pai da jovem foi o primeiro a prestar depoimento, marcando presença na delegacia na última segunda-feira (15). Já na terça-feira (26), foi a vez da mãe dar a sua versão os fatos. O acidente ocorreu no dia 6, mas Maria Eduarda deu entrada na unidade de saúde apenas no dia 7 de abril, um dia depois de sofrer a queda.