Em encontro com senador acreano, Temer fala sobre conspiração

Primeiro parlamentar inscrito na agenda presidencial desta quinta-feira (18), o coordenador da bancada do Acre, senador Sérgio Petecão (PSD), disse que o presidente Michel Temer demonstrou tranquilidade durante a reunião desta manhã. “Ele falou muito em conspiração. Essa foi a palavra que ele mais usou, que há uma conspiração contra ele.”

“Ele [Temer] aparentou muita tranquilidade. Às 8h em ponto, ele me recebeu na porta. Abordou o susto [dizendo] ‘vocês viram esse episódio? Coisa chata’. Mas estava tranquilo”, afirmou o senador, em declaração à Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Segundo Petecão, o presidente disse ainda que está firme, que não vai cair. “Ele falou várias vezes: ‘não vou cair, vou ficar firme, tô firme’. Pediu as fitas, os áudios, falou também que vai fazer pronunciamento em rede nacional. Falou que vai ver os vídeos e os áudios.”

De acordo com o senador, Temer voltou a usar o termo “conspiração” para se referir às denúncias feitas contra o governo. “Acredita que é uma conspiração. Neste momento em que o governo começa a dar sinais [de retomada do crescimento], esse fato [as denúncias] prejudica o país. Todo mundo está preocupado”, afirmou o presidente, conforme relato de Petecão.

Na noite de ontem (17), o jornal O Globo publicou reportagem segundo a qual, em encontro gravado em áudio, pelo dono do grupo JBS, o empresário Joesley Batista, Temer teria sugerido que se mantivesse o pagamento de uma mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Conforme a reportagem, Batista firmou delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e entregou gravações sobre as denúncias. Segundo o jornal, ontem ainda não estava confirmada a homologação da delação do empresário pelo Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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