Em encontro, Lula recebe apoio de sete ex-candidatos à presidência

Lula com o apoio de ex-candidatos

Nesta segunda-feira, 19, Lula (PT) esteve em um encontro com sete ex-candidatos à presidência da República. Todos eles declararam apoio ao petista nas Eleições 2022, a fim de derrotar Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, com a ajuda do “voto útil”.

Apoio de ex-candidatos a Lula

Cristovam Buarque (Cidadania), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (União Brasil), João Vicente Goulart (PCdoB), Luciana Genro (PSOL) e Marina Silva (Rede) foram os ex-candidatos à presidência que declararam apoio a Lula. Além deles, naturalmente Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-governador na chapa do petista, também entrou na lista.

Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central do Brasil (BCB) durante o Governo Lula, por indicação do próprio petista. “Quando trabalhamos juntos no governo, nesse período mais de 10 milhões de empregos foram criados no Brasil. É um fato. Cerca de 40 milhões de brasileiros saíram da pobreza”, afirmou o ex-ministro da Fazenda.

Marina Silva, adversária de Dilma Rousseff em 2010 e 2014, chegou a trabalhar como ministra do Meio Ambiente no Governo Lula. “Essa reconciliação do Brasil consigo mesmo hoje o senhor [Lula] é o que reúne as melhores condições para nos ajudar a realizar, e sobretudo para ajudar o povo a realizá-la”, declarou, no encontro.

Cristovam Buarque destacou que Lula é o candidato com mais condições de trazer “coesão e rumo” para o Brasil, e Luciana Genro ressaltou a luta contra o fascismo no País. Boulos e Haddad valorizaram a união das diferenças, enquanto Alckmin reforçou o respeito a democracia. Por fim, João Vicente Goulart disse que o Brasil está à frente das divergências, e que se faz necessária a “condução” de Lula.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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