Em entrevista, Caiado ressalta trabalho para zerar fila de cirurgias eletivas

Os avanços na segurança pública, a redução da fila de espera por cirurgias eletivas, o andamento da construção do Hospital Complexo Oncológico de Referência de Goiás (Cora), bem como o fornecimento de energia elétrica pela Equatorial foram temas abordados pelo governador Ronaldo Caiado durante entrevista ao programa Balanço Geral da Record TV, nesta quarta-feira, 4.

De acordo com Caiado, a rede pública de saúde conseguiu reduzir a fila por cirurgias eletivas em 40%. Só neste ano, entre janeiro e agosto, um mutirão realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) conseguiu agilizar a execução de mais de 5 mil procedimentos cirúrgicos por mês.

“Até o final do ano chegaremos a mais de 60% de pacientes na fila de espera já operados”, estimou o governador.

A força-tarefa é uma resposta que se mostrou eficaz ao acúmulo de pacientes aguardando procedimentos, que são realizados em 19 unidades hospitalares do Estado.

“Nós estamos realizando convênios e pagando hospitais da rede municipal e privada com o intuito de zerar essa fila”, explicou Caiado sobre a parceria firmada com unidades de saúde nos municípios de Catalão, Ceres, Rio Verde e Quirinópolis, por exemplo.

Para continuar o trabalho, serão realizadas mais 6,5 mil operações até o fim deste ano. O foco é realizar 2 mil procedimentos em mastologia este mês, dentro da Campanha Outubro Rosa; outras 3 mil cirurgias neurológicas e ortopédicas em novembro; além de 1.500 procedimentos oftalmológicos em dezembro.

SEGURANÇA

Goiás registrou queda nos índices de criminalidade, em todas as 16 modalidades criminosas registradas entre 2022 e 2023, com destaque para as quedas de latrocínio (74%), roubo de cargas (58%) e homicídio doloso (16%).

“Quando eu entrei no governo, tinha uma área do entorno de Brasília ocupada pelas facções. Hoje, em qualquer cidade de Goiás, não existe local que a nossa polícia não ande e que o cidadão não possa andar”, ressaltou o governador.

COMBATE AO CÂNCER

Durante a entrevista, o chefe do Executivo estadual também detalhou o andamento das obras do Cora. Com investimento de R$ 424,7 milhões do Tesouro Estadual, o novo hospital terá área total construída de 44,7 mil metros quadrados. As fundações dos prédios 1, 2 e 3 na ala infantil foram finalizadas. Já o prédio de Transplante de Medula Óssea (TMO) possui a cobertura completa, incluindo calhas, rufos e telhas.

“Antes de eu entrar no governo, não tinha um hospital no estado com condições de tratar pacientes com câncer, o primeiro que abrimos foi o Hospital de Uruaçu. Agora, a planta do Cora é o que existe de mais moderno no mundo. Vamos construir um hospital moderno e com tecnologia para atender os pacientes acometidos com o câncer”, finalizou o governador.

EQUATORIAL

As quedas constantes de energia que se intensificaram nos últimos dias em Goiás foram tema da entrevista. Na semana passada, o governador se reuniu com o presidente da Equatorial para cobrar providências na prestação de serviços.

“Chamei-os em meu gabinete e disse que exijo que sejam prestadas contas à população. Eu sei que não será resolvido da noite para o dia, mas o que não pode acontecer é a população sofrer prejuízos como está acontecendo”, disse Caiado.

O chefe do Executivo goiano disse ainda que, como governador, não tem o poder para destituir, demitir, intervir nos serviços da Equatorial, mas que o Procon Goiás já foi acionado. “A prerrogativa que nós temos é autuá-los e eles serão autuados”, frisou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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