Em Goianésia, homem é preso por se negar a ser atendido por mulher negra

garçonete negra Goianésia

Em Goianésia, uma mulher relatou um caso de racismo em um comércio da cidade. De acordo com Daiane Pereira dos Santos, o homem se recusou a receber atendimento dela por conta de sua cor de pele, chamando-a de “preta feia”. A Polícia Militar entrou em ação e prendeu o suspeito por injúria racial e racismo.

Racismo em Goianésia

Segundo o depoimento de Daiane, o homem entrou no comércio em que ela trabalha em Goianésia e começou a ingerir bebidas alcoólicas. Em certo momento, ela se dirigiu a ele com uma cerveja, e então veio o caso de racismo.

“No momento em que eu fui levar a cerveja, ele olhou para mim e disse: ‘eu não quero ser atendido por você, sua preta feia. Eu quero meu dinheiro de volta’. Depois ele falou para a gerente: ‘por ela e nem por preto nenhum’”, afirmou a mulher à TV Anhanguera.

O homem ainda teria dito que gostaria que uma “branquinha bonitinha” o atendesse. Na ocorrência da Polícia Militar, a situação se mostrou ainda pior. Ao perguntar para uma mulher no estabelecimento se teria namorado, ela afirmou que na verdade estava na companhia de sua namorada. O homem então teria xingado as duas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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