Em Goianésia, homem é preso por se negar a ser atendido por mulher negra

garçonete negra Goianésia

Em Goianésia, homem é preso por se negar a ser atendido por mulher negra

Em Goianésia, uma mulher relatou um caso de racismo em um comércio da cidade. De acordo com Daiane Pereira dos Santos, o homem se recusou a receber atendimento dela por conta de sua cor de pele, chamando-a de “preta feia”. A Polícia Militar entrou em ação e prendeu o suspeito por injúria racial e racismo.

Racismo em Goianésia

Segundo o depoimento de Daiane, o homem entrou no comércio em que ela trabalha em Goianésia e começou a ingerir bebidas alcoólicas. Em certo momento, ela se dirigiu a ele com uma cerveja, e então veio o caso de racismo.

“No momento em que eu fui levar a cerveja, ele olhou para mim e disse: ‘eu não quero ser atendido por você, sua preta feia. Eu quero meu dinheiro de volta’. Depois ele falou para a gerente: ‘por ela e nem por preto nenhum’”, afirmou a mulher à TV Anhanguera.

O homem ainda teria dito que gostaria que uma “branquinha bonitinha” o atendesse. Na ocorrência da Polícia Militar, a situação se mostrou ainda pior. Ao perguntar para uma mulher no estabelecimento se teria namorado, ela afirmou que na verdade estava na companhia de sua namorada. O homem então teria xingado as duas.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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