Em Goiânia dois homens são presos por adulteração de quilometragem de veículos para venda

Em Goiânia dois homens são presos por adulteração de quilometragem de veículos para venda

Na manhã desta segunda-feira, 09, a Polícia Civil de Goiás e a Polícia Civil do Paraná deflagraram operação contra uma associação criminosa investigada por desenvolver e comercializar softwares para adulterar hodômetros de veículos.  Os criminosos diminuíam a quilometragem original para facilitar a revenda do carro. O serviço era utilizado em diversos estados do país

As investigações haviam sido iniciadas nos dois estados. Depois de troca de informações, a PCGO e a PCPR descobriram que o esquema criminosos tinha o mesmo objetivo e os mesmos alvos.

Foram expedidos 48 mandados judiciais pela Justiça do Paraná. Ao todo foram pedidas 20 prisões cautelares, sendo 13 preventivas e 7 temporárias, além de 28 mandados de busca e apreensão a serem cumpridos em Curitiba e região metropolitana, no Paraná, e também em Goiânia, Goiás.

Em Goiânia, foram cumpridos 2 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de busca e apreensão, nas residências e empresas dos investigados. Na ação foram apreendidos computadores, telefones e alguns aparelhos que se suspeita serem utilizados para praticar as fraudes, chamado “dash tool”. O aparelho tem aplicação lícita, mas estaria sendo utilizado de forma indevida para alterar o hodômetro dos veículos. 

Em Goiás, os mandados foram cumpridos pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), que está investigando o fato. O cumprimento das ordens judiciais contou com o apoio dos policiais civis da Draco e da Dercap.

Em Goiânia, durante o cumprimento do mandato, foi apreendida na casa de um dos alvos uma arma, razão pela qual o homem foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

De acordo com a investigação, os dois investigados de Goiânia forneceriam o material utilizado para a prática da fraude/adulteração. Eles teriam fornecido os softwares para adulteração de hodômetros a proprietários de lojas de revenda de veículos, seminovos e particulares, e proprietários de oficinas mecânicas responsáveis por executar as adulterações. Os investigados também davam suporte online, quando o comprador do Paraná precisava. 

Os alvos são investigados pelos crimes de estelionato, crime contra o consumidor, associação criminosa e adulteração de sinal identificador de veículo.

Foto: Policia Civil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos