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Em Goiânia, golpistas criam manual para enganar clientes

Última atualização 15/03/2023 | 16:42

Em Goiânia, uma quadrilha de empresários golpistas, enganavam pessoas para adquirirem falsos financiamentos de veículos, através de ligações e WhatsApp. O caso foi revelado através da Operação Protection, nesta terça-feira, 14, pela Polícia Civil (PC).

Os golpistas tinham manuais pregados nas paredes sobre como conduzir as ligações, e dicas de como conquistar as vítimas.

“Seja seguro e demonstre segurança. Caso o cliente pergunte algo que você não saiba responder, diga que irá verificar como pode. Prosseguir nessa situação e coloque o telefone no mudo, depois vá perguntar a quem estiver mais próximo de você como responder. Depois retorne a ligação bem calmo e firme, mas, principalmente, bastante seguro de que irá responder”, diz uma das orientações.

De acordo com a PC, o consumidor via um anúncio de venda de veículos na internet, ao entrar em contato com a empresa, eles faziam promessas que lhe garantiam a aquisição do veículo num curto prazo, o cliente era convencido de forma ardilosa a pagar valores a título de “entrada” do financiamento.

Nas imagens reveladas pela corporação também tinha como responder as perguntas frequentes relacionadas ao golpe.

“Mas qual a garantia que eu tenho que realmente vou pegar o veículo? R: O contrato é um contrato recibo, ele garante 100% do nosso serviço e comprova que o senhor está realmente fazendo um financiamento, pois vai descrito o valor que o senhor está pagando”, diz uma das dicas.

Como Funcionava

As pessoas após serem convencidas a darem entrada para garantia do processo, recebiam um prazo de 5 a 7 dias para aprovação, depois que o prazo acabava e o cliente não tinha êxito em conseguir o financiamento, os clientes entravam em contato empresa, solicitando o rompimento contratual.

Nesse momento, as vítimas descobriam que o contrato assinado se tratava de consultoria financeira e tinham a devolução dos valores entregues, negada.

Operação

De acordo com as Polícia, foi cumprido sete mandados de busca e apreensão em estabelecimentos relacionados as investigações. Foram apreendidos aparelhos telefônicos, computadores, livros-caixa, cartilhas de treinamento na aplicação dos crimes, contratos e documentos diversos.

Cerca de 20 vítimas foram identificadas, mas a PC acredita que foram dezenas de pessoas que caíram na região da Grande Goiânia.

Os responsáveis pelo golpe enfrentam acusações de estelionato, associação criminosa, e prática de crimes contra as relações de consumo. As penas podem chegar a 20 anos de prisão. Foi feita abertura de inquérito e as investigações seguem e andamento.

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