Em Goiânia, homem chantageia mulher em troca de sexo; entenda

Polícia prende suspeito de chantagear mulheres com fotos íntimas em troca de sexo

Em Goiânia, a Ronda Ostensiva Municipal (Romu) prendeu em flagrante um homem suspeito de chantagear uma mulher, ameaçando divulgar fotos íntimas da mesma caso ela não aceitasse fazer sexo com ele. O autor tem 49 anos, enquanto a vítima possui 35. Ele já tem duas passagens criminais na lei Maria da Penha, entre 2016 e 2017, e poderá pegar mais de 15 anos de sentença em caso de condenação.

Mensagens que o autor enviava para a vítima (Foto: Divulgação / GCM)

Chantagens em Goiânia

Em suas passagens pela polícia, o suspeito das chantagens em Goiânia recebeu acusações de ameaça, agressão e calúnia. Agora, em tese, ele poderá responder por chantagem, ameaça, perseguição, injúria e divulgação de foto ou imagem íntima sem consentimento.

“Ele conheceu a vítima fazendo descarga na empresa que ela trabalha. Não temos informações sobre outras vítimas da mesma situação”, explica Vagner Rodrigues, do comando da Romu Goiânia, ao DE.

Segundo o policial, a vítima o abordou e reportou toda a situação, apresentando fotos das conversas que ela teve com o suspeito. Nas capturas de tela, o homem faz ameaças e, no final, justifica dizendo que “estava bêbado”.

“Você vai dar para mim ou vai brigar comigo mas eu não vou esperar mais estou falando sério vou agarrar você dentro do escritório não importa quem esteja lá (sic)”, diz um fragmento das mensagens. Além disso, o suspeito escreveu que “tinha muitas coisas” da vítima e que, se ela “fizesse escândalo”, “sobraria para ela”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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