Em Goiânia, loja é multada por obrigar funcionários a imitar animais e dançar se não batessem meta

Uma empresa telefônica de Goiânia perdeu pela segunda vez uma ação judicial em que foi condenada a pagar uma multa de R$150 mil a parte de funcionários da empresa. O valor deve ser dividido entre 22 trabalhadores que se sentiram coagidos a “pagar prendas” quando não batiam metas de vendas. A decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) cabe recurso.

A advogada do grupo afirma que os vendedores tinham que imitar animais e fazer coreografia de músicas famosas com apelo sexual. A espécie de punição deveria ocorrer na sala de reuniões da loja com a presença do superior hierárquico imediato. 

“Todo dia era uma prenda diferente para quem não batesse meta. Tinha prenda de imitar macaco, dançar na boquinha da garrafa e pagar polichinelo. Da Gretchen era dançar a música ‘Conga la Conga'”, detalha Danielle Zago, que representou juridicamente os vendedores com Alessandro Garibaldi.

No processo foi anexado um informativo que estava afixado na loja. Nele, os funcionários eram orientados sobre a prenda do dia, caso a meta de vendas não fosse batida.

“Prezados colaboradores, quem não realizar imput de venda hoje terá que pagar prenda na sala de reunião. Prenda do dia: imitar a Gretchen. O líder do vendedor deverá acompanhá-lo”, constava.

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