Em Goiânia, quantidade de buracos nas vias cai 86% com inteligência artificial

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), reduziu a quantidade de buracos nas ruas da capital em 86% com o auxílio de inteligência artificial. A redução se dá devido à atuação das equipes da Seinfra nos locais com maior incidência de buracos, apontados pelo relatório da Mapzer, empresa responsável pelos serviços de mapeamento de irregularidades nas ruas de Goiânia.

Segundo os dados, no comparativo de março para abril deste ano, o relatório apresentou redução de 33%, com queda de 65.018 para 43.342 buracos. Já no comparativo de abril para maio, a diferença chegar à casa dos 86%, com diminuição de 43.342 para 6.083 ocorrências.

“São dados de grande relevância para o nosso município. Nós acreditamos na tecnologia como uma aliada da administração e do cidadão, reformulando a maneira como cada morador interage com o município. O resultado mostra que estamos no caminho certo”, destaca o prefeito Rogério Cruz.

De acordo com o titular da Seinfra,
Denes Pereira, o relatório aponta os 10 bairros com maior incidência de buracos: Jardim Novo Mundo, Jardim América, Conjunto Vera Cruz, Parque Amazônia, Setor Pedro Ludovico, Residencial Itaipú, Jardim Balneário Meia Ponte, Jardim Guanabara, Setor Bueno e Parque Atheneu. “Estamos otimizando os trabalhos com o uso da Inteligência Artificial, já que o prefeito Rogério Cruz é adepto das tecnologias e está preparando Goiânia para ser uma cidade inteligente, a Goiânia do futuro”, diz.

O secretário explica que o sistema desenvolvido pela Mapzer consegue identificar mais de 30 situações que precisam de intervenção, como bueiros sem tampas, entulhos nas calçadas e falta de sinalização. As câmeras do veículo capturam uma imagem a cada três segundos e as envia para o programa que faz a leitura dos dados, via satélite. “No caso da Seinfra, estamos atuando com base nos relatórios emitidos pela empresa para combater os buracos das ruas da cidade. O sistema registra a ocorrência e encaminha em tempo real para a Seinfra”, reforça Denes Pereira.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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