Em Goiás, baixa doação de sangue faz estoques de hospitais entrar em colapso

doação de sangue

Os postos de coleta de sangue de Goiânia estão atravessando um momento crítico, unindo a baixa quantidade de estoque e a queda de doações. Unidades de saúde solicitam a colaboração da população para reverter situação.

Atualmente a capital conta com quatro postos de coleta de sangue, entre eles, o do Hospital do Câncer Araújo Jorge, que nos últimos dias, tem lidado com uma preocupação maior devido a uma escassez ainda mais intensa nas bolsas do tipo sanguíneo O-. A- e de plaquetas.

Segundo o hospital, o fluxo mensal de clientes atendidos no local passa de 3 mil, e na maioria dos casos as bolsas de sangue são necessárias para os tratamentos oncológicos.

Aos interessados, o banco de sangue abre as portas de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e recebe doações de todos os tipos de sangue. O local conta com um time de profissionais capacitados, que atuam na coleta e no suporte ao doador.

Para doar não é preciso agendar. Basta comparecer ao Banco de Sangue munido de documento pessoal e ser maior de 18 anos, saudável e pesar mais de 50 kg.

Para as pessoas que possuem dúvidas sobre qual tipo de sangue pode ser doado, a responsável pela Gestão da Qualidade da Unidade de Hematologia, Hemoterapia e Oncologia do HC-UFG/Ebserh, Letícia Aparecida Silva, esclarece sobre o assunto:  “Todos os tipos de sangue, especialmente as tipagens negativas e as plaquetas são as que mais necessitamos e para os nossos pacientes oncológicos e com anemia a realização de transfusão é diária.”

Mês do doador de sangue

A Organização Mundial de Saúde (OMS) criou, em 2004, o Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro. O objetivo é  sensibilizar e aumentar o número de doadores no mundo, conscientizando-os da importância da doação de sangue.

Os postos de coleta reforçam ainda mais durante este mês, o convite à comunidade para que compareça aos locais e se junte ao time de voluntários, uma vez que o ato de doar sangue salva muitas vidas. É importante ressaltar também que o período de fim de ano há uma sensível queda no número de doadores de sangue, o que deixa os estoques para os diversos serviços do hospital em estado ainda mais crítico.

Quem pode doar?

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.

Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.

O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. Não há riscos para o doador, porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, o que elimina qualquer possibilidade de contaminação.

Para mais detalhes e informações sobre o procedimento, basta ir até um posto de coleta ou entrar em contato através das informações abaixo:

– Hugol: Av. Anhanguera, 14.527 – St. Santos Dumont, Goiânia – GO

Contato: (62) 3270-6300

– Hemocentro: Av. Anhanguera, 5195 – St. Coimbra, Goiânia – GO

Contato: 0800 642 0457

– Araújo Jorge: R. 239, 206 – Setor Leste Universitário, Goiânia – GO

Contato: (62) 3243-7000

– Hospital das Clínicas: 1ª Avenida, s/n, ao lado do CEROF, Setor Leste Universitário, Goiânia – GO

Contato: (62) 3269-8326

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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