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Em Goiás, casos e mortes por dengue em 2022 são os maiores em 12 anos

Última atualização 14/10/2022 | 16:05

O número de mortes provocadas pela dengue em Goiás até o dia 14 de outubro de 2022 subiu 242,1%, na relação com todo o ano passado. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) também contabilizou 130 óbitos pela doença neste período, sendo que ainda há outros 107 óbitos em investigação.

Trata-se dos maiores números já registrados desde quando a pasta começou a contabilizar os casos, e consequentemente, as mortes pela doença, em 2010. Já em 2021, por outro lado, foram registradas 38 mortes, o menor número já registrado.

Os casos começaram a ser notificados pela secretaria após 93 pessoas morrerem por complicações da doença provocada pelo mosquito Aedes Aegypti, em 2010. Porém, o segundo ano mais letal foi 2015, com 102 mortes. 

A capital lidera a lista de cidades com mais registros de mortes, com 34 óbitos, seguida por Aparecida de Goiânia (10), Anápolis (10), Catalão (8) e Jataí (7). Entretanto, apenas três cidades se encontram em alto risco, segundo a pasta: Ouvidor, Rio Quente e Professor Jamil.

Casos batem recorde 

O número de casos confirmados de dengue também disparou, se comparado ao ano de 2021. Até o momento foram confirmados 165.988 casos do vírus, sendo que outros 254.040 foram notificados. Já em todo o ano de 2021 foram  41.080 confirmados e 61.748 notificados. Ou seja, um aumento de 311%, sendo também considerado o ano que mais registrou infecções. 

“O período chuvoso foi muito intenso e isso impacta, porque o mosquito precisa de água parada para se proliferar. Além disso, em função da pandemia, as visitas dos agentes de endemias foram suspensas. Por conta disso, a população se preocupou apenas com a Covid-19 e esqueceu da dengue. A secretaria também perdeu o controle dos criadouros nas casas, possibilitando esse aumento”, explicou a Gerente de Vigilância Ambiental da SES, Edna Maria Coven.

Aumento

Ainda de acordo com Edna, esse descuido fez com que o mosquito fizesse morada no perímetro urbano, principalmente em quintais mal cuidados. Agora, mesmo durante a seca, cerca de 1,5 mil casos da doença são notificados semanalmente em todo estado.

No entanto, para diminuir os casos, é preciso que a população ajude no combate à doença, fazendo o ‘dever de casa’ como limpar as calhas e eliminar possíveis  ‘berços’ do mosquito. Para se ter uma ideia, 90% dos criadouros do Aedes aegypti são encontrados em residências durante as fiscalizações da pasta.

“A volta dos agentes de endemias não foi suficiente para diminuir os casos da doença. Temos algumas estratégias para combater o mosquito, como as vans de controle químico, a eliminação mecânica e também a informação, que é a instrução de como limpar o imóvel. O combate é um papel da saúde, da população e das prefeituras”, concluiu.

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