Em Goiás, drive-thrus na área da saúde continuam em alta após pandemia

Em Goiás, drive-thrus na área da saúde continuam em alta após pandemia

Há tempos, o modelo de atendimento drive-thru caiu no gosto popular quando o assunto é alimentação, principalmente a famosa fast food. E a pandemia de Covid-19 trouxe esse modelo também para a área da saúde.

A necessidade de um atendimento rápido e a proteção no interior dos carros, sem ter que se expor em ambientes mais abertos, levaram muitos pacientes a optarem por essa forma de assistência.

E dezenas de laboratórios implantaram postos drive-thru em Goiânia e no interior. Hoje, mais dois anos depois, muitos já fecharam as portas, mas há aqueles que resistem e seguem como uma alternativa para quem prefere a comodidade de ser atendido sem sair do carro.

A sócia-diretora de um laboratório de Goiânia, Maria Ordália, explicou ao Diário do Estado (DE) que a modalidade drive-thru é bastante aceita pelos pacientes porque diminui o tempo de espera relacionado à estacionamento.

“É prático, mais ágil porque o cadastro pode ser feito no interior do próprio carro, favorece os pacientes que têm mobilidade reduzida e acima de tudo, faz com que o paciente se sinta mais seguro e protegido no interior do próprio carro sem precisar estar em ambientes com aglomerações”, diz.

Ela complementa que desde o início da pandemia a empresa realizou cerca de 500 mil exames para Covid-19 e cerca de 25 % deles foi realizado em modalidade drive-thru. “Atualmente, metade dos pacientes que vai a uma de nossas unidades drive-thru colhe outros exames laboratoriais não necessariamente relacionados à Covid-19”, frisa.

O perfil de pacientes que optam pela modalidade drive thru é variado. Maria afirma que vai desde idosos com mobilidade reduzida a jovens temerosos com os riscos de aglomeração. “Mesmo com a diminuição de casos e óbitos por Covid-19, as pessoas gostaram dessa modalidade. Aqui vem idosos, adultos, pessoas com mobilidade reduzida e até jovens que não gostam de aglomerar. Além disso, preferem o drive thru devido a praticidade”, frisa.

Antes mesmo da pandemia da Covid-19 começar, estudos já apontavam que a demanda por exames cresceria, a exemplo das projeções do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Elas indicam que o número de exames deve mais que dobrar de 2015 até 2030, chegando a movimentar mais de R$ 25 bilhões por ano.

Com a pandemia, o setor conseguiu fornecer um atendimento mais personalizado e privado. “Nas coletas domiciliares, atendemos todo o protocolo de segurança, como a proteção de sapatos. Fazemos os agendamentos, com dia e hora marcada, deixando assim o paciente muito mais satisfeito em relação à comodidade, conforto e segurança. Houve também uma mudança no comportamento do paciente, que antes vinha buscar o resultado impresso, mas hoje já prefere acessar o site ou solicitar o envio por WhatsApp”, explica.

Nesse contexto, Ordália prevê que a população irá buscar mais a modalidade drive thru no futuro. “É uma modalidade de serviço prática e rápida. Hoje em dia as pessoas têm menos tempo e o drive-thru veio para contemplar essa geração pós-moderna. Apesar de a modalidade foi pensada para que a possibilidade de contaminação seja menor, visto que o paciente poderá permanecer dentro do veículo, hoje os pacientes a enxerguem pela comodidade e segurança”.

O cenário atual exige que os processos laboratoriais sejam muito bem administrados para que os atendimentos sejam realizados de forma eficiente e os efeitos da pandemia sejam mitigados. Os desafios a serem superados pelos laboratórios estão ligados à adaptação a essa nova realidade, mas sem se esquecer das outras doenças que necessitam da realização de exames e demandam procedimentos clínicos.

“Tivemos alteração da demanda e do fluxo para o atendimento de pacientes, mas é preciso lembrar que a população continua adoecendo, pois as demais doenças não desapareceram. Os pacientes precisam de atendimento, tratamento e acompanhamento adequado. Portanto, seguimos funcionando, mas com ajustes essenciais”, explica a gestora.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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