Por hora, duas crianças nascem desnutridas em Goiás

O índice de crianças que nasceram desnutridas segue em alta no estado se comparado os últimos dois anos. De 2020 para 2021 o aumento foi de 5%. Já neste ano, de janeiro até as duas primeiras semanas de julho, 3.411 mulheres deram à luz a crianças com baixíssimo peso e deficiência de vitaminas.

Entre 2020 e 2022, apenas Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Catalão registraram 13.179 partos deste tipo. Por mês, ao menos 1.879 mulheres se tornaram mães de crianças desnutridas nestas cinco cidades, sendo que esse número atingiu 62 por dia e duas por hora, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A desnutrição infantil é uma situação caracterizada pela deficiência de nutrientes do organismo da criança, o que pode acontecer devido à alimentação incorreta, privação de alimentos ou devido a alterações no trato gastrointestinal, fazendo com que a absorção dos nutrientes seja prejudicada.

Pediatra Stephânia Laudares (Foto: Reprodução redes sociais )

“A desnutrição infantil é patológica. Ou seja, ela é uma doença caracterizada pela deficiência nutricional de um ou mais nutrientes. Porém, há também casos em que a criança possui uma quantidade maior de certo nutriente do que de outro e isso também pode ser caracterizado como desnutrição. A destruição, inclusive, é mais extrema e mais grave do que o baixo peso”, explicou a pediatra Stephânia Laudares.

É preciso ser atenção

A desnutrição é na maioria das vezes associada à magreza. Entretanto, como ela se trata de uma situação causada pela falta de vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento do corpo, é possível que crianças que estejam acima do peso para a idade, sejam também desnutridas. Isso porque a alimentação pode ser rica em açúcar e gorduras e pobre em alimentos que fornecem os nutrientes fundamentais para o organismo.

Além disso, em alguns casos, principalmente quando a desnutrição é muito grave, pode haver também comprometimento na função de alguns órgãos, como fígado, pulmão e coração, o que pode colocar em risco a vida da criança, conforme a especialista.

“Os principais sintomas da desnutrição são a dificuldade do crescimento da criança, além também da dificuldade de ganhar peso. Além disso, ela pode desenvolver problemas neurológicos. Outros sintomas são as unhas e os cabelos quebradiços, assim como a língua e a mucosa seca. O peso ideal por idade é medido por um gráfico disponibilizado pela Organização Mundial da Saúde”, contou a pediatra.

Tratamento para desnutrição

O tratamento para desnutrição infantil, de acordo com Stephânia, deve ser orientado pelo pediatra e pelo nutricionista, para assim, combater os sintomas da desnutrição, fornecer os nutrientes necessários para o crescimento saudável da criança e promover a sua qualidade de vida.

“Quando grave, a desnutrição requer, inicialmente, um tratamento hospitalar, como uma internação, além do aporte cuidadoso de nutrientes, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Se necessário, após a alta médica, também é realizado um cálculo dietético com os pacientes com nutrientes, gorduras e proteínas”, concluiu.

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Calendário de pagamento do Bolsa Família 2025 é divulgado; saiba quando recebe

Os cerca de 21 milhões de beneficiários do Bolsa Família já podem conferir a data de pagamento do programa social para o ano de 2025. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgou o calendário dos benefícios, que ocorrerão nos últimos dez dias úteis de cada mês, de forma escalonada conforme o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS).

Os pagamentos começarão em 20 de janeiro para as famílias com NIS de final 1 e terminarão em 23 de dezembro para as famílias com NIS de final 0. Em dezembro, o cronograma é antecipado em cerca de uma semana devido ao Natal. Esse escalonamento ajuda a organizar e facilitar o acesso aos benefícios para todos os beneficiários.

Confira o calendário:

Calendário Bolsa Família 2025

Atualização de Dados no CadÚnico

Para evitar a perda do benefício, o MDS recomenda que cada beneficiário atualize os dados dele e da família no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) a cada 24 meses. Após a aprovação do pacote de corte de gastos, o processo exigirá biometria. A pessoa responsável pela família deve ir a um posto de atendimento socioassistencial, como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), ou a um posto de atendimento do Cadastro Único, apresentando os documentos de cada pessoa da família e comprovando a renda domiciliar.

Para estar habilitada a receber o Bolsa Família, a família deve ter uma renda de no máximo R$ 218 mensais por integrante que vive na mesma casa. Além disso, é necessário que a família esteja inscrita no CadÚnico. O cadastramento é feito em postos de atendimento da assistência social dos municípios. Desde março de 2023, o Governo Federal garante um repasse mínimo de R$ 600 por família inscrita, com adicionais conforme a composição da família.

Adicionais e formas de recebimento

O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, garantindo a alimentação da criança. Além disso, o Bolsa Família oferece um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos, e um adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. Os pagamentos podem ser feitos pelo aplicativo Caixa Tem ou podem ser sacados em caixas eletrônicos por quem tem o cartão do programa social.

Quem tiver dúvidas sobre o Bolsa Família pode ligar no Disque Social, no número 121, ou acionar o canal de atendimento da Caixa Econômica Federal, por meio do número 111. Os beneficiários também podem consultar os aplicativos do Bolsa Família e da Caixa, disponíveis para download gratuito nas lojas virtuais.

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