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Em Goiás, mais de 120 mil pessoas ainda não completaram esquema de vacinação contra dengue

Última atualização 27/09/2024 | 11:59

Iniciada em fevereiro deste ano, a vacinação contra a dengue em Goiás ainda apresenta números preocupantes. Até este mês de setembro, 124.584 pessoas na faixa etária de 4 a 59 anos de idade ainda não completaram o esquema vacinal contra a doença, que consiste na aplicação de duas doses do imunizante, com intervalo de 90 dias entre uma e outra.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), até o momento já foram aplicadas 281.159 mil doses da vacina na mesma faixa etária, sendo 222.930 como 1ª dose e 58.229 como 2ª dose. A vacinação contra a dengue é crucial, especialmente na faixa etária de 10 a 14 anos, onde foram aplicadas 169.790 doses, sendo 131.739 como 1ª dose e 37.827 como 2ª dose. No entanto, 80 mil crianças e adolescentes (68%) ainda não retornaram para tomar a 2ª dose.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, explica que a proteção efetiva contra a dengue só ocorre depois que o esquema vacinal é completo. “Em breve, o período chuvoso retorna, quando os casos tendem a aumentar e, por isso, é de extrema importância que aquelas pessoas que já estão aptas para receber a segunda dose voltem a um dos mais de 900 postos de vacinação espalhados pelo estado e garantam essa proteção”, destaca.

Desde o início da vacinação contra a dengue no estado, já foram distribuídas 401.058 doses do imunizante aos 246 municípios goianos, para a aplicação da primeira e segunda doses, previstas no esquema de vacinação contra a doença. Os adultos de até 59 anos que se vacinaram durante a ampliação do público-alvo, em abril, também devem procurar um dos postos de imunização do Estado para completar o esquema.

A SES-GO vem adotando uma série de ações de prevenção como forma de preparação para o próximo período chuvoso. Entre elas, a intensificação de visitas técnicas em todos os municípios do estado para o monitoramento e supervisão de ações de combate ao Aedes aegypti, vetor também de doenças como a Zika e a Chikungunya, que ainda não possuem vacinas disponíveis. O objetivo é evitar um cenário parecido com o de 2024, ano em que Goiás registrou a pior epidemia de dengue da história, com 414.967 notificações da doença e 386 mortes.