Em Goiás, mais de 120 mil pessoas ainda não completaram esquema de vacinação contra dengue

Baixa procura pela segunda dose do imunizante preocupa Saúde Estadual, com aproximação do próximo período chuvoso. Número de mortes por dengue em 2024 já é o maior da série histórica. (Foto: Reprodução/SES)

Iniciada em fevereiro deste ano, a vacinação contra a dengue em Goiás ainda apresenta números preocupantes. Até este mês de setembro, 124.584 pessoas na faixa etária de 4 a 59 anos de idade ainda não completaram o esquema vacinal contra a doença, que consiste na aplicação de duas doses do imunizante, com intervalo de 90 dias entre uma e outra.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), até o momento já foram aplicadas 281.159 mil doses da vacina na mesma faixa etária, sendo 222.930 como 1ª dose e 58.229 como 2ª dose. A vacinação contra a dengue é crucial, especialmente na faixa etária de 10 a 14 anos, onde foram aplicadas 169.790 doses, sendo 131.739 como 1ª dose e 37.827 como 2ª dose. No entanto, 80 mil crianças e adolescentes (68%) ainda não retornaram para tomar a 2ª dose.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, explica que a proteção efetiva contra a dengue só ocorre depois que o esquema vacinal é completo. “Em breve, o período chuvoso retorna, quando os casos tendem a aumentar e, por isso, é de extrema importância que aquelas pessoas que já estão aptas para receber a segunda dose voltem a um dos mais de 900 postos de vacinação espalhados pelo estado e garantam essa proteção”, destaca.

Desde o início da vacinação contra a dengue no estado, já foram distribuídas 401.058 doses do imunizante aos 246 municípios goianos, para a aplicação da primeira e segunda doses, previstas no esquema de vacinação contra a doença. Os adultos de até 59 anos que se vacinaram durante a ampliação do público-alvo, em abril, também devem procurar um dos postos de imunização do Estado para completar o esquema.

A SES-GO vem adotando uma série de ações de prevenção como forma de preparação para o próximo período chuvoso. Entre elas, a intensificação de visitas técnicas em todos os municípios do estado para o monitoramento e supervisão de ações de combate ao Aedes aegypti, vetor também de doenças como a Zika e a Chikungunya, que ainda não possuem vacinas disponíveis. O objetivo é evitar um cenário parecido com o de 2024, ano em que Goiás registrou a pior epidemia de dengue da história, com 414.967 notificações da doença e 386 mortes.

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