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Em Goiás, mais de 2 mil pessoas aguardam na fila por transplante de órgãos

Última atualização 23/08/2023 | 12:24

Assim como Faustão, cerca de 2.023 pessoas esperam pelo transplante de órgãos em Goiás. Os números são 22,38% maiores do que o mesmo período em 2022, quando o estado tinha 1.653 pessoas na fila. No Brasil são mais de 65 mil pessoas à espera de órgãos, um dos maiores números dos últimos de 25 anos.

Segundos dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), das pessoas que se encontram na fila de espera, 412 aguardam transplante de rins, 12 de fígado e 1.599 de córneas. No caso de transplantes de coração, a secretaria apontou que em Goiás não realizada este tipo de procedimento médico, apenas a captação.

Em relação aos transplantes feitos em Goiás neste ano, a SES informa que foram totalizados cerca de 474 procedimentos. Destes, 334 são de córneas, 87 de rins, 29 de escleras, 17 de medula óssea, 5 de tecido muscular esquelético e 3 de fígado. Os números representam um crescimento de 47,5% em relação ao ano de 2022.

Doação de órgãos

A captação dos órgãos é feita mediante a autorização da família do doador em casos de morte encefálica, quando todas as funções do cérebro param de funcionar, e segue protocolos rígidos. Assim como a família passa por entrevista, os hábitos do doador durante a vida também é investigado, a fim de saber se o receptor pode desenvolver possíveis doenças ou infecções. Neste caso, doenças como diabetes e uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão, inviabilizando o transplante.

Os órgãos são doados para pacientes que necessitam de um transplante e estão na fila de espera, organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplante (SNT).

A prioridade dos transplantes é definida pelo grau de gravidade dos pacientes, caso se encontrem em risco de morte. A lista de espera é atualizada diariamente com novas informações sobre a saúde dos pacientes, podendo mudar de posição de acordo com a condição de cada um.

Nos casos de transplante de coração, a alta procura é motivada pelos aumentos das doenças cardiovasculares, que é a principal causa de morte entre os brasileiros. Os doadores de coração devem ter menos de 60 anos e não ter uma doença arterial, coronariana ou outras cardíacas. Além disso, o tipo de sangue e o tamanho do coração do doador e do receptor têm que ser iguais. A espera pode variar entre 12 a 18 meses.