Em Goiás, mais de 40% dos crimes cometidos são por drogas

Em Goiás, 35,9% dos crimes cometidos são contra o patrimônio

Segundo as estatísticas do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Goiás possuía uma população carcerária de 5.914 pessoas de janeiro a junho de 2022. Os dados mais atualizados do órgão apontam que, no período, houve a prisão de 5.738 homens e 176 mulheres. Os crimes mais comuns foram contra o patrimônio, de acordo com a tipicação. Quanto aos delitos específicos, tráfico de drogas aparece no topo da lista.

Os crimes mais cometidos em Goiás

Analisando as tipicações criminais categorizadas na base de dados do Depen, Goiás apresenta 35,93% do total em crimes contra o patrimônio. Na sequência, surgem crimes contra a pessoa (25,55%), drogas (25,31%) e contra a dignidade sexual (8,81%).

Infrações de legislação específica (3,36%), contra paz pública (0,46%), contra fé pública (0,44%) e contra a administração pública (0,08%) completam a relação.

Em crimes contra o patrimônio, entram delitos como roubo, furto, extorsão e dano patrimonial. Já os crimes contra a pessoa incluem homicídio, lesão corporal, injúria e difamação. Crimes contra a administração pública, que aparecem em último lugar da lista em Goiás, são aqueles relativos à corrupção, peculato, desacato e prevaricação.

Apesar dos crimes contra o patrimônio serem maioria nas tipicações em Goiás, os crimes específicos que mais aparecem são tráfico de drogas (43,34%). Entre as mulheres, o índice dessa infração aumenta ainda mais, compondo 65,52% entre os crimes hediondos e equipados. Entre os homens, a porcentagem é de 42,35%.

Já na lista de crimes violentos, roubo simples (31,45%) encabeça a relação, à frente de homicídios simples (27,68%). Proporcionalmente, mulheres cometeram mais homicídios (32,76% do total na categoria feminina), enquanto os homens cometeram mais roubos simples (31,9% do total na categoria masculina).

As estatísticas do Brasil

No Brasil como um todo, os crimes contra o patrimônio também aparecem em primeiro lugar (40,38%). Porém, logo atrás vêm os crimes relativos a drogas (28,74%), enquanto os crimes contra a pessoa surgem na sequência (14,9%). Assim como em Goiás, a maioria das mulheres é presa por drogas (54,85%), enquanto a maioria dos homens comete crimes contra o patrimônio (41,07%).

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Jovem é baleada por PRF na BR-040, no RJ, na véspera de Natal

Na véspera de Natal, Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, em Caxias, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu quando ela se dirigia à casa de parentes em Itaipu, Niterói.

Segundo relatos de seu pai, que também estava no veículo, ele sinalizou para encostar, mas os agentes da PRF iniciaram os disparos e balearam Juliana na nuca.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.

A vítima foi levada imediatamente ao Hospital Adão Pereira Nunes, sendo submetida a uma cirurgia. Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Além dela, o pai também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na mesma noite do crime.

Deyse Rangel, mãe da vítima, também estava no carro no momento do incidente junto com o outro filho. “A gente viu a polícia e até falou assim: ‘Vamos dar passagem para a polícia. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, foi muito tiro”, afirmou Deyse.

A PRF não se pronunciou sobre o caso.

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