O diagnóstico de câncer não é fácil, mas os avanços tecnológicos e científicos têm ajudado as mulheres a enfrentar a doença com menos desgaste da saúde e com mais chances de cura. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), a população feminina de 50 a 69 anos no estado soma 699.625. Apesar das campanhas de conscientização, há um déficit de goianas que precisam realizar o exame, chegando à quase metade (349.812 mulheres).
A ação em prol da saúde contra o câncer de mama é contínua, mas ganha destaque no mês em que se celebra tradicionalmente o chamado “Outubro Rosa”. Na rede pública goiana, as cidades mais distantes do estado recebem periodicamente um carretas equipadas com mamógrafos e também um consultório de coleta de material citológico que previne o colo de útero. A indicação para o exame nas mamas é entre 50 e 69 anos de idade, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Ministério da Saúde.
Uma das estratégias de combate à doença é a realização do exame de mama para início do tratamento precoce, o que tornou o equipamento mais presente em todo o estado. A rede pública de saúde em Goiás concentra quase metade dos mamógrafos de Goiás, com 107 dos 248 no Sistema Único de Saúde (SUS). A média de mamografias por mês foi de 36.474 até julho deste ano, no ano passado foi de 48.114 e no ano anterior chegou a 29.247.
“É um desafio para a saúde pública os exames de rastreamento porque o paciente não tem sintomas. As mulheres questionam muito os profissionais sobre o porquê de terem que fazer o exame se não sentem nada. Precisamos desmistificar isso e convencer que o exame de rastreamento é justamente para chegar até ela e fazer diagnóstico precoce que dá chance de cura a 95%”, destaca a gerente de Atenção Primária, Ticiane Nakae.
Ela esclarece que o exame ajuda a identificar a doença, mas não a previne. Parte da explicação para essa relação é que o câncer está associado à genética, embora o estilo de vida contribua para a manifestação. A prevenção é uma vida mais próxima possível das condições ideais, como redução de estresse, da bebida alcoólica, tabagismo, atividade física e amamentar, que reduz o risco.
Na faixa etária indicada para o exame, a mamografia faz rastreamento de “achados suspeitos” indicativos de câncer. A capacidade estrutural e de equipamentos em Goiás permite que as goianas a partir de 40 anos passem pelo procedimento. Se for constatada alguma alteração, a mulher é encaminhada para um especialista que pode confirmar o diagnóstico.
O tratamento é iniciado logo em seguida em sete hospitais de quatro municípios: Goiânia (Hospital do Câncer Araújo Jorge, Hospital das Clínicas e Santa Casa de Misericórdia), Anápolis (Santa Casa de Anápolis e Hospital Evangélico Goiano) , Uruaçu (Hospital Estadual do Centro Norte Goiano) e Jataí (Hospital Padre Thiago na Providência de Deus).