Press "Enter" to skip to content

Em Goiás, por dia quase 20 motoristas se recusaram a fazer o teste do bafômetro

Última atualização 12/05/2023 | 11:48

Goiás registrou, entre janeiro de abril deste ano, 2.395 motoristas com sinais de embriaguez ao volante, mas que se recusaram a fazer o teste do etilômetro, também conhecido como bafômetro. Ou seja, por dia, 19 motoristas optaram pelo direito de não soprar o aparelho, totalizando 591 ocorrências por mês.

 

Apenas Goiânia, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), é responsável por 58,4% (1,4 mil) de todos os casos registrados em Goiás nos quatro primeiros meses de 2023. O presidente do órgão, delegado Waldir, explica que a recusa do motorista a ser submetido ao teste é considerada uma infração gravíssima, podendo gerar multa de até R$ 2.934,70 e a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por 12 meses

 

“Semanalmente o Detran faz 12 operações da Balada Responsável. A parceria com a Polícia Militar (PM), Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) leva a fiscalização para vários pontos de Goiânia. Algumas fiscalizações se repetem no Setor Marista, devido a quantidade de bares e infratores no mesmo local. As pessoas encontraram uma brecha para não serem autuadas por embriaguez, que é não soprar o bafômetro”, afirmou. 

 

Índice de embriaguez é baixo 

 

O número de pessoas que se recusaram a fazer o teste é quase o dobro dos motoristas que sopraram o bafômetro. Isso porque, no mesmo período, foram confirmados 1.199 motoristas sob efeito do álcool. A média diária, por exemplo, é de dez autuações, enquanto os dados mensais chegam a 299 casos. A baixa média também é sentida na capital. Foram 238 flagrantes em 2023, totalizando 20,4% de todos os registros contabilizados pelo estado este ano.

 

“A junção de álcool e direção é perigosa porque a bebida atinge funções essenciais para a segurança, como a visão e os reflexos do motorista, fazendo com que eles fiquem mais vulneráveis a provocar acidentes. Além disso, o álcool provoca comportamentos de alto risco, como o acesso de velocidade e o não uso de cinto de segurança”, disse o delegado da Delegacia Estadual de Crimes de Trânsito (DICT), Hellyton Carvalho.

 

Para o delegado, a principal forma de combater o alcoolismo no trânsito é a educação e a conscientização do motorista. A educação, inclusiva, precisa ser intensificada durante a formação dos novos motoristas.

 

“Precisamos trabalhar na formação da sociedade em geral. É só com a educação e conscientização que vamos acabar diminuindo esse mal que assola a sociedade, sobretudo, a nossa capital”, afirmou.