Em grupo de Whatsapp, diretor do Idaf insinua que Michelle trai Bolsonaro

O diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Mario Louzada (PSB), fez comentários machistas e ofensivos contra a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, e insinuou que ela trai o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A mensagem foi compartilhada por ele em um grupo de Whatsapp. No texto, ele também fez referência às compras de alimentos por parte do governo que viraram polêmica nesta semana, especialmente o leite condensado.

“Tô aqui imaginando os rocks que Michelly deve fazer quando o maridão viaja! Cara, é leite condensado, vinho, azeitona, pepino! Pense!!!!” afirmou Mario Louzada. A mensagem viralizou nas redes sociais e gerou uma série de críticas, principalmente entre as mulheres.

A deputada federal Norma Ayub (DEM) divulgou uma nota repudiando a fala de Louzada. “Esse tipo de postura, completamente nociva e abusiva, fere a todas nós mulheres. Manifesto meu total apoio, não só à primeira-dama, como a todas as mulheres que são vítimas de qualquer tipo de comentário abusivo”, afirmou a deputada.

Diante da repercussão negativa, Mário Louzada publicou um vídeo em seu perfil no Facebook, desculpando-se pelo comentário. “Estou aqui publicamente para pedir desculpas à primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, e a todos aqueles que se sentiram ofendidos com um comentário despretensioso e infeliz que eu fiz em um grupo de WhatsApp. Quem me conhece sabe muito bem do meu profundo respeito às mulheres e toda luta que, historicamente, elas travam contra o preconceito e contra o machismo”, afirmou.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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