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Em homenagem a Iris Rezende, Caiado se emociona e diz: “aprendi muito com ele”

A um dia do aniversário de morte de um ano do ex-governador Iris Rezende, uma cerimônia marcou a data. O político foi homenageado com um busto que foi inaugurado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego)  na manhã desta terça-feira, 08. O evento realizado no plenário da Casa batizado com o nome dele teve a participação do governador Ronaldo Caiado, da viúva dona Iris, da filha Ana Paula Machado e outras autoridades goianas. 

“Aprendi muito com ele. Iris Rezende tinha uma sabedoria própria. Era um instinto, um dom que Deus lhe deu. Era algo que ele tinha: um carisma que atraía as pessoas no lugar onde ele chegava”, afirmou o governador. “Ouvimos dele que o político só existe se estiver em contato com o povo. O político que se recolhe em seu gabinete não tem noção da realidade”, citou entre os aprendizados que obteve no convívio com o ex-governador.

Para Caiado a trajetória do homenageado deve servir de inspiração para a classe política goiana. “Goiás precisa fazer uma escola de política em que seus líderes se preocupem também em disputar espaço federal, ter cargos para definições de projetos relevantes para o Estado”, explicou. Entre outras posições, em 1986, Iris assumiu o Ministério da Agricultura, durante o governo do presidente José Sarney, e, depois, a pasta da Justiça, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Em momento de descontração, o governador brincou com uma das dicas deixadas por Iris Rezende para driblar os muitos pedidos que um chefe de Executivo recebe ao longo do mandato. “Estou arremedando o Iris um pouco. Começo a contar as histórias de 1986 e até chegar 2022 o cidadão já cansou, não me pede mais nada e está disposto a ir embora”, falou Caiado em tom de brincadeira.

“Sua vida foi grandiosa demais para não ser sempre lembrada”, declarou a filha de Iris, Ana Paula Rezende. Em nome da família, ela lembrou o legado do pai, que dedicou 70 anos à vida pública. “Essa homenagem reforça a importância da política feita por vocação, por espírito público. Mostra que é um caminho que vale a pena. Os goianos tiveram um representante digno de seus ideais”, completou.

A viúva de Iris, a ex-deputada federal Dona Íris de Araújo, também prestigiou a solenidade, assim como os outros dois filhos do casal, Cristiano de Araújo Rezende e Adriana de Araújo Rezende. Para Dona Íris, o ex-governador realizou um grande sonho ao se tornar tão popular e encerrar a longa carreira política sem enfrentar nenhum escândalo, com o “nome limpo”.

O presidente do Legislativo Estadual, Lissauer Vieira, definiu Iris Rezende como um dos maiores homens públicos do Brasil. “Sempre admirei o legado, a história, a força de trabalho, a convicção que teve ao longo da sua vida pública”, afirmou. Vieira também inaugurou, na mesma ocasião, os novos estúdios da TV Alego e o auditório Carlos Vieira, que leva o nome de seu pai.

Iris Rezende Machado faleceu aos 87 anos, em 9 de novembro de 2021. Ele dedicou 70 anos à vida pública, com participação ativa na redemocratização do Brasil pós-ditadura e que deixou grande legado ao exercer os cargos de governador de Goiás, vereador e prefeito de Goiânia, deputado estadual e ministro do governo federal por duas vezes. 

Nova sede

Desde março deste ano, as atividades da Alego são realizadas na nova sede localizada no Park Lozandes, em Goiânia. A construção teve início em 2005, foi paralisada três vezes e retomada em 2019, com investimento de R$ 125 milhões. Com o nome de Palácio Maguito Vilela, a nova Alego tem área total construída de 44 mil metros quadrados, galeria do plenário com capacidade para mais de 200 pessoas, estacionamento com mil vagas e estruturas sustentáveis.

Estiveram presentes ainda à solenidade o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz; o senador Luiz do Carmo; a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Laura Maria Bueno, que representou o Ministério Público de Goiás; o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, Joaquim de Castro; o defensor público Tiago Bicalho; o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Wellington Peixoto; servidores, políticos e outras autoridades.