Em Jataí, idoso é detido com carga de joias avaliada em R$ 600 mil

Um idoso de 62 anos foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na tarde da última sexta-feira, 30, com uma carga de joias na BR-364, em Jataí, município localizado a 321 km de Goiânia. Os produtos estavam avaliados em cerca de R$ 600 mil. A fiscalização faz parte da Operação Férias Escolares e acontecida no km 230, no trecho que liga Mineiros a Jataí.

Por volta das 17h30, o idoso foi abordado pela PRF e, segundo informações, demonstrou nervosismo e apresentou informações contraditórias. Com isso, os agentes suspeitaram de alguma irregularidade no interior do veículo e decidiram investigar.

Em uma busca no interior do carro, os policiais encontraram milhares de peças de material dourado. Dentre os itens, havia pulseiras, brincos, gargantilhas, brincos e anéis escondidos em compartimentos ocultos do veículo.

De acordo com a PRF, o idoso disse que as peças foram adquiridas em São Paulo e seriam revendidas em joalherias do Centro-Oeste, citando especificamente Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Diante das provas e contradições, como parte da Operação, o veículo, o idoso e os itens que seriam comercializados foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal, em Jataí.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp