Em releitura de filme, Branca de Neve não terá anões nem príncipe

Branca de Neve

Uma nova versão do conto de fadas da Branca de Neve mais adequada ao mundo moderno será lançada em live action nos cinemas em 2024. Quase 80 anos após o lançamento do filme pela Disney, o enredo não incluirá os clássicos sete anões nem o príncipe encantado. A mudança já foi confirmada pela companhia.

 

A releitura atende ao apelo do movimento feminista e do politicamente correto. Inicialmente, a produção teria personagens com baixa estatura. Uma reclamação do famoso ator Peter Hayden Dinklage, conhecido pela interpretação de Tyrion Lannister em Game of Thrones, obrigou a equipe a refazer parte da história. De acordo com ele, a história da existência de pessoas com nanismo dentro de uma caverna é preconceituosa.

 

Os atores contratados foram demitidos e criaturas mágicas devem substituir os interlocutores da princesa. A abordagem diferenciada ainda não foi detalhada e promete ser revelado somente bem próximo à estreia da película. Outra novidade com teor inclusivo é a escolha das atrizes com base na ascendência étnica. Branca de Neve será vivenciada pela descendente de colombianos Rachel Zegler e Rainha Má terá a israelense Gal Gadot como intérprete na animação.

 

Uma das principais e polêmicas inovações no roteiro é a inexistência de um príncipe para a protagonista. A ideia é mostrar para a nova geração uma mulher empoderada em posição de liderança, o que sinaliza que a nova versão não terminará comum beijo de casal apaixonado. Apesar de ela não ser surgir em situações comprometedoras sendo “salva” de por um homem, ela se relacionou com um personagem masculino no estilo Robin Hood.

 

A animação foi uma das primeiras a serem produzidas pela Disney e é a primeira animação dos estúdios da empresa. Na história original, a rainha malvada morre de ciúmes da beleza de Branca de Neve e manda matá-la. A mulher descobre que a jovem não foi assassinada e está morando na floresta com sete amiguinhos: os anões Atchim, Dengoso, Dunga, Feliz, Mestre, Soneca e Zangado. A princesa é envenenada pela rainha e só o beijo de um príncipe pode salvá-la.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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