Em Rio Verde 20 pessoas são mobilizadas para investigar crime falso

Na cidade de  Rio Verde, a cerca de 230 km de Goiânia, um homem fez uma falsa denúncia de crime de homicídio. Ele contou à polícia que teria matado dois bandidos que tentavam assaltar fazenda, na zona rural do município. A identidade do suspeito não foi identificada.

Segundo informações da Polícia Civil (PC), o homem, que trabalha como caseiro na fazenda, falou que  no dia 12 de setembro duas pessoas tentaram roubar o local. O caseiro teria trocado tiro com os criminosos, matando ambos e jogando seus corpos no rio. No dia seguinte foi à delegacia com uma espingarta. arma do crime, e foi detido por posse ilegal de arma de fogo.

Para investigar o falso crime, 20 pessoas foram mobilizadas. Peritos foram ao local para apurar a troca de tiros. Policiais civis e militares foram à fazenda, assim como equipes do corpo de bombeiro e uma Unidade do Instituto Médico Legal.

Após dois dias de investigação, a polícia conclui que não havia acontecido nada no local. Ao ouvir novamente o caseiro, o homem confessou a mentira, dizendo que havia bebido na noite anterior a da falsa denúncia. Ele disse que ouviu barulhos de carro se aproximando e deu tiros para o alto, mas não apareceu ninguém.

O homem informou ter inventado a mentira para criar uma imagem de herói para si mesmo. O caseiro foi indiciado pelo crime de falsa denúncia de crime, podendo pegar até 2 anos anos de prisão caso seja condenado. O homem pode precisar ressarcir os cofres públicos pelos recursos gastos na investigação.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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