Em Rio Verde, homem mata a esposa e dorme ao lado do corpo dela

Um homem foi preso em flagrante dormindo ao lado da esposa morta na madrugada deste domingo, 13, em Rio Verde. A mulher foi assassinada pelo companheiro com quem estava há cinco anos após uma discussão no dia anterior. Um amigo do casal sugeriu que o companheiro “desse um jeito” na mulher. 

“O perito já adiantou que ela teve traumas internos na região do tórax, o que indica que ela foi espancada antes de ser enforcada. Segundo o relato do autor, o amigo propôs ‘dar um jeito’ nela. Aí ele [amigo] segurou as pernas dela e o suspeito ajoelhou sobre o pescoço impedindo a respiração. Logo depois esse amigo foi embora”, afirma o delegado Jorge Luiz Napoleão.

A confusão começou quando o casal e o amigo começaram a beber durante toda a tarde e noite de sábado. O homem e a esposa começaram a brigar e o terceiro sugeriu que ela fosse contida. Os dois decidiram enforcá-la juntos, de acordo com a investigação, mas antes, foi espancada.

Bêbado, o marido pôs a mulher desacordada na cama. Ele disse aos policiais que não percebeu o óbito. O homem afirmou ter acreditado que ela estava desmaiada. Ainda não se sabe se a esposa morreu em decorrência do espancamento ou do enforcamento.

O delegado identificou passagens policiais pelo assassinato de outra esposa. O marido pode responder criminalmente por feminicídio e a prisão preventiva do amigo já foi solicitada ao Poder Judiciário.

O feminicídio é um tipo de homicídio na forma qualificada, de acordo com o Código Penal. Para caracterizar o crime é necessário que a vítima seja mulher e que o crime tenha sido cometido com envolvimento de violência doméstica ou discriminação contra a condição de mulher. A pena é de reclusão de 12 a 30 anos.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp