Em Rio Verde, jovem tem 80% do corpo queimado e três filhos dela ficam feridos

Larissa Vitória Boaventura, 18 anos, teve 80% do corpo queimado em decorrência de incêndio que destruiu a casa dela nesta terça-feira, 13, em Rio Verde, no Sudoeste do estado. A jovem foi levada em estado grave para uma unidade do município e depois transferida para Goiânia. Os três filhos dela também ficaram feridos, mas com menor gravidade.

Larissa, de 18 anos, teve 80% do corpo queimado; estado de saúde é gravíssimo, segundo o marido (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)

O marido da vítima, Wides Boaventura, confirmou que ela foi levada em viatura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Verde para a capital e que o estado de saúde é gravíssimo. As crianças, duas meninas de 1 e 2 anos, e um menino de 3 anos,  estão em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), em estado considerado estável.

Ao G1, o marido disse que estava trabalhando na hora do incêndio e que a mulher pegou no sono, acordando já com a casa em chamas. “Parece que meu menino pegou o isqueiro e colocou fogo num sofá sem querer. É muito triste”, comentou Wides.

Já o subtenente Bymael dos Santos, do Corpo de Bombeiros, disse que a equipe localizou Larissa e as crianças na casa. “No momento que o resgate chegou, a mãe, já ferida, estava da residência com as crianças”, relatou. Imagens feitas pela TV Anhanguera logo após o incêndio mostram a casa devastada e vários móveis destruídos pelo fogo.

Este é o segundo incêndio em residência registrado, em dois dias seguidos, no estado. Em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia, na noite da última segunda-feira, 12, duas crianças morreram carbonizadas. De acordo com testemunhas, as meninas, uma de dois anos e outra de seis meses, estavam em um cômodo na parte interna da casa onde elas moravam, que não tem energia elétrica. A vela que iluminava o local caiu e as chamas se espalharam rapidamente.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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