Em São Paulo, Lula e Bolsonaro estão em empate técnico, aponta Genial/Quaest

Eleições Bolsonaro e Lula

O estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, tem cenário de empate técnico entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É o que aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada na noite desta quarta-feira, 7.

O atual presidente, e candidato à reeleição, aparece com 37% das intenções de voto, contra 36% do ex-presidente. Apesar do empate técnico, Bolsonaro cresceu. Os números refletem o cenário estimulado, quando os entrevistados recebem lista com os nomes dos postulantes ao cargo.

Em relação ao levantamento anterior, Bolsonaro avançou no estado, dentro da margem de erro da pesquisa, saindo de 35% para 37%. Já Lula fez caminho contrário e oscilou um ponto percentual para baixo, de 37% para 36%. Esta é a primeira sondagem realizada pelo instituto após o debate presidencial promovido por UOL, Folha de S.Paulo, Band e TV Cultura.

Ciro Gomes e a emedebista Simone Tebet ganharam terreno entre os eleitores brasileiros. O pedetista saltou de 7% para 9% e a emedebista passou de 3% para 6%. Em seguida, aparece Vera Lúcia (PSTU), que se manteve em 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) não está mais na disputa após ter a candidatura negada, na última quinta-feira, 1º, pelo TSE. Já no sábado, o partido formalizou pedido de registro de Padre Kelmon, que seria o vice na chapa, como candidato à presidência da República pelo partido.

Conforme a pesquisa Genial/Quaest, os votos brancos e nulos somam 6% e os indecisos representam 5% dos entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidas duas mil pessoas presencialmente entre 2 e 5 de setembro. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%.

A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-04685/2022 e custou R$ 131.100,00.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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