Em três meses, Cata-Treco recolheu oito mil objetos em Goiânia

Em três meses, o serviço de Cata-Treco, realizado pela Prefeitura de Goiânia por meio da Companhia de Urbanização (Comurg), recolheu cerca de oito mil objetos, entre móveis e eletrodomésticos. A coleta de bens domésticos esteve suspensa até meados de novembro devido à pandemia da Covid-19, mas já voltou a funcionar com algumas alterações.

O serviço acontece simultaneamente em todas as regiões de Goiânia, nos turnos diurno e noturno, e é gratuito e agendado. Desde o retorno das atividades, o cidadão deve cadastrar seus dados e colocar o objeto na calçada no dia e horário determinado no agendamento. A alteração foi necessária por precaução com a saúde dos funcionários e também da população em geral. Assim, os agentes de limpeza não entrarão nas residências.

O presidente da Comurg, Aristóteles de Paula, explica que as solicitações podem ser feitas por meio dos canais de comunicação da Companhia e pelo aplicativo Prefeitura24horas. Após ligação do solicitante, a coleta é feita em até 20 dias.

Aristóteles pede à população para não descartar objetos nas calçadas sem o cadastro. Segundo ele, uma força-tarefa está em andamento para zerar toda a demanda. “Os objetos recolhidos são encaminhados para as cooperativas cadastradas no Programa Goiânia Coleta Seletiva. O descarte irregular, além de prejudicar os cooperados, polui a cidade”.

Para fazer o cadastro, basta ligar no número (62) 3524-8555 ou mandar mensagem pelo WhatsApp no (62) 98596-8555 e por meio do aplicativo Prefeitura 24 horas. Feito isso, um funcionário da Companhia entrará em contato para fazer o agendamento.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp