Em visita à Perdomo Doces, Caiado elogia eficiência de investigação das forças de segurança de Goiás

A presença do Estado na vida do cidadão deve servir para, observando a legalidade, resolver conflitos com maior celeridade possível e estimular o desenvolvimento. Foi o que defendeu o governador Ronaldo Caiado durante visita à Perdomo Doces nesta sexta-feira (22/12). A empresa se viu envolvida em polêmica esta semana, após as mortes de duas pessoas em circunstâncias investigadas pela Polícia Civil (saiba mais abaixo). Durante o episódio, a confeitaria teve a qualidade de seus produtos questionada nas redes sociais, o que logo foi descartado pelo trabalho de fiscalização do Procon Goiás e pela apuração policial.

No encontro com a empresária goiana Mariana Perdomo, criadora da marca e diretora da confeitaria, Caiado destacou a eficiência das forças de segurança do estado e garantiu: “O que queremos é proporcionar segurança para as pessoas”. O governador disse que fez questão de ir até lá para atestar a idoneidade da empresa. “Ninguém pode ser vítima de uma injustiça. Temos de enaltecer o trabalho e a trajetória de vida dessa jovem empresária”, afirmou ele.

Mariana Perdomo agradeceu o trabalho das forças de segurança e classificou a ação do estado como “impecável”. “Quando tudo aconteceu eu falei: ‘Deus, eu vou enfrentar uma barra muito grande esses próximos meses’. Na minha cabeça, até tudo ser esclarecido ia demorar um tempo muito grande, e eu ia ter de dispensar muitas pessoas. Sou muito grata, são só quatro dias e tudo se resolveu. Hoje é uma bênção”, declarou.

Crime

No último domingo (17/12), Leonardo Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, morreram em Goiânia. Eles passaram mal após o café da manhã. A tragédia levou um familiar a divulgar alerta em uma rede social sugerindo que pudesse haver relação entre as mortes e a ingestão de um produto da Perdomo Doces. Após fiscalização, as forças de segurança descartaram a hipótese. O trabalho de investigação levou à prisão de uma suspeita. Ela teria envenenado um suco servido às vítimas.

O governador ressaltou que todas as áreas do governo agiram rapidamente para solucionar o caso. “Isso aconteceu no dia 17 e hoje, dia 22, tudo já está esclarecido”, disse ele, ao elogiar o trabalho das polícias Técnico-Científica, Civil, Militar e, também, da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás).

Acompanharam Caiado na visita à empresa o secretário de Segurança Pública de Goiás, coronel Renato Brum; o comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Avelar; e os delegados da Polícia Civil Ricardo Matos, André Ganga e Carlos Alfama.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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