Emater Goiás intensifica pesquisa de Jabuticaba em Hidrolândia

A jabuticaba, principal fonte de renda do município de Hidrolândia, está no centro de uma pesquisa intensificada pela Emater Goiás, em parceria com a Universidade Estadual de Goiás (UEG). Neste período de safra, pesquisadores da Emater Goiás estão coletando materiais para identificar geneticamente as espécies de jabuticaba na região.
 
Além dos serviços de assistência técnica e extensão rural, a Emater oferece auxílio por meio de estudos e pesquisas aos produtores da espécie. A pesquisadora da Emater, Maurízia de Fátima Carneiro, coordena os estudos em Hidrolândia e explica que o objetivo é apresentar aos produtores rurais, empreendedores e autoridades locais a identificação botânica para melhorar o cultivo de cada espécie. “Assim, será mais fácil combater a mortalidade da planta, e, consequentemente, fortalecer a cadeia produtiva da jabuticaba na região”, enfatiza.
 
O presidente da Emater Goiás, Rafael Gouveia, destaca a importância do investimento em pesquisa em Hidrolândia. “A jabuticaba atrai turistas e movimenta a economia local com atrativos que vão desde a visitação aos pomares a experiências rurais, ecológicas e gastronômicas. Nossos pesquisadores estão sempre presentes para acompanhar os desafios do cultivo da espécie junto aos produtores”, afirma. Estes estudos e pesquisas são uma forma de apoiar a agricultura familiar e contribuir para o desenvolvimento do setor.
 
O material coletado é identificado com o nome da propriedade e encaminhado para o laboratório. Em seguida, são realizadas avaliações para verificar a espécie de cada planta. Com a metodologia adotada, a pesquisa completa terá duração de quatro anos e pretende coletar frutas em diferentes propriedades.
 
A professora da UEG, Sabrina do Couto Miranda, explica como a coleta é realizada. “Estamos colhendo material botânico como flores, botões e frutos em desenvolvimento para realizar o estudo botânico e a caracterização das plantas presentes no pomar. O nosso foco é determinar as espécies cultivadas na região. A caracterização botânica é essencial também para a certificação, com indicação geográfica dos produtos da região”, descreve.
 
O estudo feito pela Emater vai melhorar a qualidade de vida da planta, como explica o analista de Desenvolvimento Rural de Hidrolândia, Clenon Aguiar de Magalhães. “Todo o trabalho desenvolvido fortalece o turismo, que atrai mais pessoas para conhecer as fazendas produtoras. A Emater acompanha os produtores para que eles consigam se tornar autossuficientes e prosperem cada vez mais”, afirma.
 
O objetivo do estudo é dar suporte principalmente a produtores de pequenas propriedades, para que possam continuar apostando na cultura da jabuticaba, que é importante para a região e para o estado. De acordo com um levantamento realizado pela unidade local da Emater em Hidrolândia, existem 128 pomares e quintais com jabuticabeiras cadastrados, com propriedades que possuem de 10 a 42 mil pés da fruta.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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