Embaixador chama resposta da ONU ao ultimato de Israel de “vergonhosa”

Representantes de Israel expressaram sua forte insatisfação com a resposta da Organização das Nações Unidas (ONU) ao recente ultimato emitido pelo país para evacuar mais de um milhão de pessoas da região norte de Gaza. Gilad Erdan, o embaixador de Israel na ONU, qualificou a reação do organismo internacional como “vergonhosa” em uma coletiva de imprensa realizada ontem, 22.

O ultimato israelense visa alertar antecipadamente os residentes de Gaza sobre a iminente operação militar contra o grupo Hamas, buscando, assim, minimizar os danos aos civis não envolvidos no conflito. Em suas palavras, Erdan reclamou que o órgão internacional não apoia seu país:

“Durante muitos anos, a ONU fez vista grossa ao armamento do Hamas e à utilização da população civil e da infraestrutura civil na Faixa de Gaza como esconderijo para suas armas e assassinatos. Agora, em vez de apoiar Israel, cujos cidadãos foram massacrados pelos terroristas do Hamas, a ONU vai contra Israel. É melhor que a ONU se concentre agora na devolução dos reféns, na condenação do Hamas e no apoio ao direito de Israel de se defender.”

Em resposta ao ultimato israelense, a ONU emitiu um comunicado pedindo veementemente que a ordem de evacuação fosse revogada, a fim de evitar uma possível calamidade na região. A organização destacou que tanto a população de Gaza quanto os trabalhadores da ONU seriam afetados por essa ordem, incluindo as 440 mil pessoas deslocadas que buscam refúgio em escolas e outras instalações administradas pela ONU na área.

Diante da gravidade da situação, o Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião de emergência ainda hoje, em um formato de consulta fechada. Membros permanentes do Conselho, como Estados Unidos, Reino Unido, China, Rússia e França, também estarão presentes para discutir e buscar uma solução para a crise em andamento.

 

 

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Rússia cumpre ameaça e realiza ataque massivo contra a Ucrânia

Na noite de 13 de dezembro, a Rússia cumpriu sua promessa e lançou um novo ataque generalizado contra a infraestrutura energética da Ucrânia. Essa ação forçou as autoridades ucranianas a implementar cortes de energia emergenciais em todo o país.

“O inimigo continua seu terror. Mais uma vez, o setor de energia em toda a Ucrânia está sob ataque maciço,” escreveu o ministro de energia ucraniano, German Halushchenko, em sua página oficial no Facebook. Halushchenko ainda não esclareceu a extensão dos danos, mas aconselhou as pessoas a permanecerem em abrigos.

As ruas da capital, Kiev, permaneceram em grande parte vazias na manhã de 13 de dezembro, quando a força aérea ucraniana emitiu um alerta de ameaça de mísseis balísticos e de cruzeiro que podem atingir partes do país. A Ukrenergo, operadora da rede de energia da Ucrânia, explicou que estava introduzindo cortes de energia em todo o território.

Nos últimos meses, as forças de Moscou intensificaram os bombardeios no território ucraniano, deixando o país em uma posição precária. No mês passado, o presidente russo Vladimir Putin ameaçou atacar a Ucrânia novamente com um novo míssil balístico nuclear, após uma ofensiva generalizada à infraestrutura de energia que deixou mais de um milhão de famílias ucranianas sem energia.

O mais recente ataque da Rússia ocorreu após Moscou prometer, na quinta-feira, 12, responder a uma investida de Kiev em uma cidade no sudoeste do território russo. O Kremlin alegou que a ação da Ucrânia envolveu seis mísseis balísticos ATACMS fabricados pelos Estados Unidos.

O governo ucraniano reconheceu que fez “acertos tangíveis em alvos russos” na quarta-feira, 11, incluindo instalações militares e de energia, mas não detalhou que tipo de mísseis foram usados.

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