Embriaguez ao volante nas rodovias federais aumenta 215%, em Goiás

O índice de acidentes nas rodovias federais goianas em julho de 2022 aumentou 15,6%, em relação a julho do ano passado, conforme divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta segunda-feira, 1°. As ocorrências passaram de 192 para 222 casos. O mesmo se deu, mas de forma muito mais significativa, com os casos de embriaguez ao volante, que cresceram 215%, saltando de 83 ocorrências para 262.

O número de acidentes, inclusive, pode estar relacionado à imprudência, que se traduz na própria embriaguez ao volante, e também ao uso irregular do celular e às ultrapassagens proibidas, que registraram 213 e 1.692 casos, respectivamente.

“O aumento de embriaguez, possivelmente, é em decorrência do maior fluxo de pessoas. A bebida alcoólica e outras substâncias psicoativas que determinem dependência, agem diretamente no sistema nervoso de quem faz uso. Isso tende a causar lentidão nos reflexos e diminuição no senso de espaço, ocasionando demora nas reações do condutor”, explicou o chefe de comunicação da PRF, Eduardo Zampieri.

Embriaguez

Uma das infrações mais cometidas pelos motoristas, de acordo com Zampieri, é a embriaguez ao volante. Ele conta que, normalmente, as pessoas que são flagradas nesta condição são condutores de veículos leves (automóveis, caminhonetes e motocicletas). Todavia, com menor frequência, também são flagrados motoristas profissionais, como os caminhoneiros. 

“Geralmente são homens entre 18 e 40 anos os que mais são flagrados nas fiscalizações de alcoolemia.  A simples recusa a se submeter ao teste de alcoolemia já enseja multa. Contudo, a depender do volume de álcool constatado pelo aparelho ou caso a pessoa apresente sinais notórios de embriaguez, poderá ser presa, além de ser multada”, explicou.

Motorista preso

Um dos casos inusitados que ocorreram esse ano envolvendo embriaguez ao volante, foi registrado no final de abril. Na ocasião, um motorista de 50 anos foi preso por dirigir bêbado na BR-153, em Anápolis. Ele, no entanto, não foi abordado, mas parou na sede da PRF para pedir informação.

Ao conversar com a corporação, os policiais perceberem que o homem poderia estar bêbado. Eles então pediram que ele fizesse o teste do bafômetro, que registrou 1,07 miligramas de álcool por litro de ar.

Conforme divulgado pela PRF, o motorista foi levado à Central de Flagrantes em Anápolis e autuado por embriaguez ao volante. A corporação explicou que o homem também deveria pagar multa de R$ 2.934,70, além de ter a Carteira Nacional de Habilitação suspensa.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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