Empates absolutos, comparecimento… confira curiosidades do 1º turno das eleições 2022

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No último dia 2 de outubro, aconteceu o primeiro turno da disputa presidencial das Eleições 2022 em milhares de lugares do Brasil e do mundo. O Diário do Estado foi atrás de algumas estatísticas curiosas a respeito do pleito envolvendo os 11 candidatos à presidência da República.

Empates de Lula x Bolsonaro e votações mais expressivas

Apesar da probabilidade ser baixa, em três cidades diferentes houve um empate absoluto entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Em Ribeirão do Sul-SP, foram 1.452 votos para cada lado. Em Alecrim-RS, 2.095 para os dois adversários. Por fim, em Coronel Sapucaia-MS, ambos receberam exatos 4.254 votos.

Em questão de votações mais expressivas, em números absolutos, os melhores desempenhos de todos os candidatos foram em São Paulo-SP, maior colégio eleitoral do País. Na briga particular entre Lula e Bolsonaro, Guaribas-PI foi a cidade com maior preferência pelo petista (92,14%), enquanto Nova Pádua-RS foi a mais bolsonarista (83,98%).

Novamente em números absolutos, considerando apenas cidades que tiveram pelo menos um eleitor comparecendo às urnas, a que Lula menos obteve votos foi Catmandu, no Nepal. Na capital desse país asiático, o ex-presidente teve apenas um voto. Em comparação, o atual presidente ficou com 14 votos. Por outro lado, em Puerto Iguazú, na Argentina, Bolsonaro não teve nenhum voto. Lula teve quatro.

Desempenhos dos outros candidatos à presidência

Como resultado da polarização atual do Brasil, nenhum outro candidato além de Lula e Bolsonaro venceu em sequer uma cidade. Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d’Avila (Novo), Padre Kelmon (PTB), Léo Péricles (UP), Sofia Manzano (PCB), Vera (PSTU) e Constituinte Eymael (DC) não ganharam nem em seus respectivos berços eleitorais.

Outras curiosidades do 1º turno das Eleições 2022

A cidade com o maior número de abstenções nas Eleições 2022 foi São Paulo, com 1.981.174. No Rio de Janeiro, foram 1.210.401. Fechando a lista dos três municípios com o maior índice de não comparecimento, ficou Belo Horizonte, com 437.533 abstenções.

Em relação a votos nulos, a ordem das três cidades com maior número foi composta por São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, respectivamente. Quanto aos brancos, a lista se mantém. Paralelamente, em relação aos comparecimentos, as três maiores quantidades foram em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, nesta ordem.

O estado de Goiás registrou 21,72% de abstenção no primeiro turno. No total, 4.870.354 estavam aptos a votar, o que significa que cerca de 1.057.840 goianos não foram às urnas em 2 de outubro. Os números proporcionais são superiores à média nacional, de 20,9% de abstenção. Em Goiânia, 1.034.132 estavam aptos a votar e 212.301 (20,5%) não foram às urnas.

Em outra frente, 42 cidades que tinham eleitores aptos a votar não contaram com brasileiros indo às urnas a fim de exercer seus direitos democráticos. Entre elas, destaca-se Damasco, capital da Síria, que tinha 200 brasileiros votantes em potencial, e nenhum deles o fez.

Além disso, a cidade de Caracas, capital da Venezuela, possuía 1.242 eleitores brasileiros, sendo que apenas cinco de fato votaram. Curiosamente, todos eles votaram nulo. Vale ressaltar que o índice de comparecimento foi baixo porque o Itamaraty não enviou urnas para o país, por não manter relações diplomáticas com o mesmo desde 2020.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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