Emprego em home office teve 169% de adesão em um ano

O trabalho em casa deixou de ser uma falta de opção para se tornar uma alternativa para muitos brasileiros. A modalidade ganhou adesão de pelo menos 22 mil pessoas no Brasil em apenas um ano, o que representou crescimento de 169%. Agora, são 35 mil trabalhadores em home office recebendo auxílio específico para atuarem virtualmente.

O pagamento mensal é de R$ 206, em média, para custear gastos com energia elétrica, internet, cadeira ergométrica, papelaria ou mesmo  móveis. A pesquisa da RH Caju avaliou 13 mil empresas brasileiras entre novembro de 2021 e novembro de 2022. A tendência já chegou ao serviço público e, em agosto deste ano, um projeto de lei foi aprovado pelos deputados estaduais em Goiás regulamentando o teletrabalho. A matéria agora segue para a sanção da Governadoria. 

Para muitas pessoas, a comodidade do lar, o fim do estresse com trânsito e economia de tempo em deslocamento se tornou um pré-requisito para permanecer no empego. Recentemente, um estudo da startup Revelo mostrou que 79% dos profissionais de tecnologia preferem pedir demissão a perder home office e mais: 59,6% dos entrevistados descartam completamente qualquer trabalho presencial.

Impacto

Com a mudança de cenário, a demanda pelo serviço e qualidade de internet aumentaram, assim como as reclamações. Foi o gatilho necessário para o crescimento de pequenos provedores de internet fixa em Goiânia. Os pacotes oferecidos custam a partir de R$79,90 mensais.  

A evolução tecnológica promete reelaborar o ambiente de trabalho. Participar de uma reunião da sua casa com outras pessoas em home office vendo todas elas sentadas em um escritório devem se tornar realidade em breve com o chamado metaverso, que cria espaços de realidade digital se misturam aos “de verdade” em tudo o que envolve a rotina de uma pessoa (serviços, trabalho, lazer, estudo e relacionamentos).

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CNU: Decisão judicial reintegra 32 mil candidatos

O Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conhecido como o “Enem dos Concursos”, sofreu significativas alterações após uma decisão judicial que reintegrou mais de 32 mil candidatos anteriormente eliminados. Essa medida veio em resposta a uma ação judicial que questionou a clareza das regras de identificação dos cadernos de provas.
 
Os candidatos reintegrados, que totalizam 32.260, foram informados por e-mail, WhatsApp e na área do candidato no site oficial do concurso. Esses candidatos haviam sido eliminados por não preencherem corretamente os campos de identificação no cartão de respostas, especificamente a “bolinha” com o número do caderno e a frase de segurança na capa.

Novo cronograma

Com a reintegração, o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e a Fundação Cesgranrio divulgaram um novo cronograma. Os candidatos regulares devem enviar a documentação comprobatória para a prova de títulos até 4 de dezembro de 2024, enquanto os candidatos reintegrados têm até 5 de dezembro de 2024, com a exigência de que os títulos tenham sido obtidos até outubro.
 
  • 25 de novembro de 2024: Divulgação dos resultados das provas objetivas para os candidatos reintegrados.
  • 4 e 5 de dezembro de 2024: Envio de títulos.
  • 6 de dezembro de 2024 até 10 de janeiro de 2025: Análise de títulos.
  • 9 de dezembro de 2024: Divulgação das notas preliminares das provas discursivas e redações.
  • 9 e 10 de dezembro de 2024: Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
  • 20 de dezembro de 2024: Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
  • 23 de dezembro de 2024: Convocação para o procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros.
  • 6 a 10 de janeiro de 2025: Perícia médica dos candidatos que se declararem com deficiência.
  • 11 e 12 de janeiro de 2025: Procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros e indígenas.
  • 15 de janeiro de 2025: Resultado preliminar da avaliação de títulos.
  • 15 e 16 de janeiro de 2025: Prazo para interposição de recursos sobre a avaliação de títulos.
  • 11 de fevereiro de 2025: Divulgação do resultado final.

Impacto da reintegração

A decisão judicial também contemplou a ampliação do número de correções para candidatos cotistas, equiparando-o ao da ampla concorrência, conforme a Instrução Normativa nº 23. Isso significa que mais candidatos pelas cotas raciais terão suas provas discursivas corrigidas.
 
A prova de títulos, que tem caráter classificatório, serve para ajustar a posição dos candidatos no ranking final, sem desclassificar os participantes que não apresentarem títulos. Os critérios de pontuação estão limitados a 10 pontos.
 
O CNU, que bateu o recorde como o maior concurso público já realizado com 2,14 milhões de inscritos, registrou uma abstenção histórica de 54,12% nos dois turnos de provas. O estado do Ceará teve o maior número de candidatos inscritos que não compareceram, com 59,65% de faltosos.

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