Empresa anuncia R$ 1,3 bi para construção da maior usina solar de Goiás

Durante reunião com o governador Ronaldo Caiado, nesta segunda-feira, 30, a empresa brasileira Newave Energia anunciou a construção da maior usina solar de Goiás, em Barro Alto, a 226 quilômetros de Goiânia. Os investimentos superam R$ 1,3 bilhão e a expectativa é gerar 1,5 mil empregos diretos para a construção do projeto. “Nosso estado oferece muitas vantagens, é competitivo”, destaca o governador Ronaldo Caiado.

A Newave Energia é resultado de uma junção da JV da Gerdau e Newave Capital. O CEO da Newave Energia e fundador da Newave Capital, Edgard Corrochano, disse estar “impressionado com a velocidade e eficiência” para fechar negócios em Goiás.

“Estamos democratizando o acesso a energias renováveis para pequenas e médias empresas. Estamos aqui para competir com a Equatorial, queremos trazer competitividade para a indústria em Goiás”, revelou.

Usina solar

A unidade terá 731 mil painéis solares, distribuídos em uma área de aproximadamente 800 hectares. Quando entrar em operação, será responsável por aumentar em 22% a capacidade de geração de energia solar em Goiás. Segundo a empresa, o recurso para construção do projeto em Goiás é proveniente de capital próprio e de financiamento via Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

A usina em Barro Alto terá capacidade de 452 megawatt-pico (MWp) e deve entrar em operação no início de 2026. Para se ter uma ideia, o volume de energia a ser gerado no local é capaz de suprir o consumo de uma cidade com cerca de 365 mil habitantes.

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, afirmou que já há muitos anos, novas fontes de energia são necessárias em todo o país.

“Não podemos ficar dependendo apenas de energia fóssil ou mesmo de energia elétrica geradas por usinas hidroelétricas ou a carvão. Temos que cada vez mais variar nossas fontes, entendendo o potencial de Goiás e do Centro-Oeste como um todo, gerando energias renováveis e sustentáveis, como energia solar e bioenergia, por exemplo”.

O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant’Anna, destaca a potencialidade de Goiás na produção de energia solar. “A Newave chega com uma grande capacidade de produção, trazendo um investimento significativo para o município de Barro Alto, além de gerar centenas de empregos para a população”.

Parte da energia gerada pela usina será destinada para unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil, que atualmente vive um processo de descarbonização. O restante será comercializado no mercado livre de energia, segmento em que os consumidores podem escolher seus fornecedores e estabelecer contratos com prazos e preços específicos.

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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