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Empresa chinesa causa polêmica após fazer funcionários correrem para ganhar bônus de salário

Última atualização 25/12/2023 | 09:50

A empresa chinesa de papel Dongpo Paper Company, sediada na cidade de Dongguan, na província de Guangdong, está causando polêmica ao criar uma nova política que associa o bônus de fim de ano dos funcionários à prática de exercícios físicos. A intenção seria motivar a equipe para que se mantenha em forma e saudável.

O dono da companhia, Lin Zhiyong, disse ao jornal Guangzhou Daily no dia 7 de dezembro que a empresa havia cancelado os bônus de final de ano e desenvolvido um sistema para recompensar os funcionários tendo como métrica a quantidade de exercício praticada no mês.

A quilometragem percorrida pelos funcionários é calculada por aplicativos instalados nos telefones dos funcionários, as recompensas são definidas da seguinte maneira:

  • 30 km em um mês: 30% de bônus;
  • 40 km em um mês: 60%;
  • 50 km em um mês: 100%;
  • 100 km em um mês: 130%;

Aqueles que fizerem 50 quilômetros de corrida durante 6 meses consecutivos ganharão um 1 par de tênis. A Dongpo Paper também leva em consideração caminhadas rápidas ou trekking pelas montanhas, que podem representar 30% e 60%, respectivamente, do exercício total necessário para recebimento do bônus.

De acordo com o Guangzhou Daily, o melhor classificado da empresa em novembro percorreu um total de 89,16 km no mês. Zhou Jian, que é gerente de negócios da Dongpo Paper, tinha níveis elevados de açúcar no sangue até que o chefe o incentivou a correr.

 Após a nova política viralizar nas redes sociais, o chefe da empresa, Lin Zhiyong, decidiu se manifestar: “uma empresa pode durar muito quando os seus funcionários são saudáveis”. O executivo é praticante de exercícios físicos, tendo alcançado duas vezes o cume do Monte Everest. 

No entanto, de acordo com o jornal, a iniciativa foi ridicularizada na rede social chinesa Weibo. “Você teria que correr três quilômetros por dia para atingir a meta mensal de 100 quilômetros. Então a empresa quer que seus funcionários sejam atletas de atletismo?”, questionou um usuário.

 Outra pessoa observou que os profissionais estão sujeitos a lesões. “Esses requisitos seriam considerados excessivos mesmo para estudantes de escolas esportivas. Isso vai machucar seus joelhos. Dependendo da idade e da condição física, também pode desencadear insuficiência cardíaca aguda”, escreveu.

 

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