WePink: Defesa da empresa de Virginia faz pedido de retratação após Ministério Público apontar descumprimento de liminar
Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) solicitou que fosse imposta uma multa de R$ 100 mil por conta do descumprimento. Defesa afirmou que a empresa não deveria ser proibida de realizar a comercialização.
A defesa da WePink, empresa da influenciadora Virginia Fonseca, fez um pedido de retratação após o Ministério Público de Goiás (MP-GO) requerer a aplicação de multa por descumprimento de medidas, de acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). A empresa da influenciadora é alvo de uma ação do MP por supostas práticas abusivas contra consumidores.
O pedido de retratação aconteceu na quarta-feira (29), e trata sobre a proibição da divulgação dos produtos por meio de “lives”. À DE, a defesa informou que discorda das medidas impostas pela Justiça, e que a empresa não deveria ser proibida de realizar a comercialização, já que os fatos que o órgão se baseou para ajuizar a ação são de 2024, e não reflete o índice atual de resolução das reclamações.
No dia 21 de outubro, o MP-GO solicitou que fosse imposta uma multa de R$ 100 mil por cada publicação ou dia de descumprimento das medidas impostas pelo órgão. Entre elas, estava a proibição de ações publicitárias ou “lives” comerciais de vendas dos produtos da WePink enquanto a empresa não comprovasse documentalmente que havia estoque dos produtos ofertados.
No documento do pedido de multa enviado ao TJ-GO, o Ministério Público destaca publicações de promoções feitas nos perfis nas redes sociais de Virginia e da sócia, Samara Pink.
O Tribunal de Justiça de Goiás ainda não se manifestou sobre os pedidos de retratação da defesa até a última atualização desta reportagem.
A WePink é alvo de um processo judicial ajuizado pelo Ministério Público e pelo Procon Goiás. Em decisão provisória, a Justiça determinou que a empresa estabeleça atendimento humano para os consumidores e não apenas automatizado. A medida também proibiu a realização de “lives”.
Entre os principais motivos estão supostas práticas abusivas, como propaganda enganosa, problemas na entrega resultando em centenas de reclamações no estado, além de milhares no Brasil, e até censura.
Na ação conjunta, o MP diz que a estratégia de “flash sales” (ofertas relâmpago) da empresa nas redes sociais criou um senso artificial de urgência, induzindo à compra impulsiva e explorando a vulnerabilidade psicológica das pessoas.
O texto também destaca que o número total de reclamações pode chegar a 300 mil consumidores, considerando aqueles que não reclamaram oficialmente.
A empresa alega, porém, que hoje não sofre mais com atrasos frequentes e que uma prova disso é a sua nota 8,1 na plataforma Reclame Aqui, na qual possui um índice de 93% de resolução das reclamações.
 
				



